Prémios conquistados em 2019 aumentaram visibilidade e prestígio da Fábrica das Cavacas

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As cavacas e os beijinhos das Caldas, e as bolachas de baunilha Avó Elvira são os produtos mais icónicos que a empresa produz

Distinguida com o Prémio Regiões 5 estrelas e em destaque nas 7 Maravilhas Doces de Portugal, a Fábrica das Cavacas teve no ano passado uma importante exposição mediática. Apesar de não conseguirem medir directamente o impacto destas duas iniciativas nas vendas, os responsáveis pela empresa acreditam que os prémios deram forte contributo para aumentar o prestígio dos produtos seus produtos no mercado nacional

Durante o ano passado, a Fábrica das Cavacas das Caldas teve uma forte exposição mediática no concurso 7 Maravilhas Doces. As cavacas ficaram em 2º lugar no distrito de Leiria e ficaram, desse modo, à beira de um lugar na final nacional. E no mês de Maio, a empresa já tinha sido distinguida com o Prémio Regiões 5 Estrelas, na categoria de doçaria regional, reunindo a satisfação de 76,4% de 1225 utilizadores.
Bruno Pinelas, responsável pelo marketing da marca, disse à Gazeta das Caldas que a influência destes prémios nas vendas não pode ser medida, mas há vantagens que são claras a outros níveis.
“A exposição mediática é boa para aumentar a visibilidade da empresa e para que as pessoas associem a marca a produtos de qualidade”, afirma.
Conhecida como Fábrica das Cavacas das Caldas, a empresa é composta, na verdade, por duas firmas: a Eduardo Loureiro Unipessoal, Lda é responsável pela produção dos produtos regionais das Caldas da Rainha –as cavacas, os beijinhos e as bolachas de amendoim; já a Confeitaria Monteverde produz as tradicionais bolachas de baunilha, bolos secos e biscoitos. Esta última detém a marca Avó Elvira, direccionada aos mercados premium.

ESPECIALISTAS EM BOLACHA DE BAUNILHA

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As cavacas das Caldas são o produto mais facilmente associável à Fábrica das Cavacas das Caldas. No entanto, há outra especialidade que distingue a empresa, através da Confeitaria Monteverde: bolachas de baunilha. “Fabricamos estas bolachas para as nossas marcas e para quase todas as confeitarias que estão nos supermercados nacionais”, refere Bruno Pinelas.
Este é um produto em constante processo de desenvolvimento. É produzido nas variantes grossa e fina e nos sabores de baunilha e chocolate. Este ano serão desenvolvidos novos sabores.
A passagem para a nova fábrica na zona industrial do Casal de Santa Cecília (Salir de Matos) aumentou a capacidade de produção destas bolachas. De cada uma das duas linhas podem sair 2 toneladas de wafers num turno de 8 horas.

Preocupação com o açúcar

As cavacas e os beijinhos das Caldas são doces cujo açúcar está totalmente à vista. O que se torna numa desvantagem para chegar às novas gerações, que surgem com preocupações no consumo de açúcar.
“É ingrato, porque um queque até pode ter mais açúcar que uma cavaca, mas não se vê”, realça Bruno Pinelas.
A empresa não pretende fazer alterações naqueles dois produtos, até porque são doces regionais e não produtos de consumo massificado. Mesmo assim, nos beijinhos foi criada a opção das embalagens de 150 gramas, que têm a mesma quantadade de bolinhos que as de 200 gramas, mas menos cobertura.
No entanto, a empresa não quer passar ao lado das tendências e está a preparar um novo produto sem adição de açúcar para lançar este ano, associado à marca Avó Elvira.

LOJA DE FÁBRICA TEM DOCES EXCLUSIVOS

A mudança para a nova fábrica permitiu à empresa caldense abrir um espaço de venda ao público, que não tinha. Na loja encontram-se as especialidades da empresa, mas também alguns doces exclusivos, como pão-de-ló húmido, bolos de alfarroba e outros biscoitos que são receitas próprias que foram recuperadas. Nas quadras festivas, como o Natal, também ali se encontram os bolos da época, como o Bolo-rei no Natal.
Na loja podem ainda adquirir-se, a preço de fabrico, bolachas de baunilha e cavacas partidas no processo de fabrico, que de outra forma seriam, literalmente, um desperdício.

Oito anos de crescimento contínuo

O ano de 2019 foi particularmente positivo para a Eduardo Loureiro Unipessoal Lda e para a Confeitaria Monteverde, Lda, que em conjunto ultrapassaram, pela primeira vez na sua história, os 2 milhões de euros em volume de negócios. Este crescimento assenta tanto no mercado nacional, como no internacional. As exportações directas representam uma quota de 15% da produção.
O objectivo a médio prazo é dobrar o valor da facturação, mas, para isso, é necessário aumentar a rentabilidade. “Temos uma produção com muita mão-de-obra e trabalhamos com produtos que são comercializados a um valor baixo. Isso significa que temos que produzir muito para aumentar a facturação”, explica Bruno Pinelas.
Aumentar a rentabilidade passa por continuar o processo de modernização, o que tem sido feito de forma gradual. Apesar de terem origens diferentes, as duas empresas têm a mesma estrutura accionista e na nova fábrica passaram a funcionar como uma só. Actualmente a Fábrica das Cavacas emprega cerca de 50 pessoas. Além da melhoria das condições de trabalho, a nova infra-estrutura permite fazer uma melhor gestão dos recursos humanos.

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