O portal das estações náuticas, uma plataforma que pretende ligar os clientes aos prestadores de serviços náuticos e conta com mais de 500 empresas, foi apresentado esta semana. O Oeste tem uma estação náutica, onde estão reunidas as várias actividades que se podem fazer na Lagoa de Óbidos e na costa oestina, como canoagem, caiaque, vela, mergulho, kite e windsurf, stand up paddle, passeios de barco, pesca desportiva, remo e surf. Em todo o país há 24 equipamentos deste género à disposição da população
Na passada segunda-feira foi apresentado o Portal das Estações Náuticas. Trata-se de uma plataforma que reúne on-line a informação sobre as 24 estações que existem em todo o país. Desta forma os clientes conseguem um local que reúna toda a informação sobre a actividade náutica, mas não só. Além disso, há informação sobre os pontos de interesse de cada região, os serviços de apoio, alojamento e restauração e outras experiências.
No caso das actividades náuticas da estação do Oeste, por exemplo, é possível fazer canoagem, caiaque, mergulho, vela, remo, surf, kite e windsurf, stand up paddle, passeios de barca e pesca desportiva. Quando se consulta o site, é possível entrar em contacto com os operadores turísticos e saber mais informações ou fazer reservas.
As 24 estações significam que existem mais de mil parceiros (entre os quais mais de 500 empresas, mas também autarquias e comunidades intermunicipais. Segundo António José Correia (antigo presidente da Câmara de Peniche e um dos mentores da iniciativa), existem 260 actividades, 300 experiências e 440 serviços. O site tem tradução automática de português para inglês, francês e castelhano e cada estação pode editar os seus conteúdos. Actualmente a empresa que está a desenvolver a plataforma está a trabalhar no motor de recomendações e no sistema de pré-reserva. No futuro o objectivo é integrar esta rede nas redes internacionais, havendo, para tal, uma candidatura ao programa Compete.
Numa segunda fase pretende-se tornar o site mais acessível, com tradução em língua gestual portuguesa e conversão de texto em voz. No futuro os responsáveis gostavam também que a plataforma evoluísse para uma app. Actualmente existem mais quatro estações náuticas em fase de certificação e está a decorrer a quarta fase de candidaturas, que se estende até 31 de Outubro.
António Nogueira Leite, presidente da Fórum Oceano, referiu que as estações “são um foco de atracção não só para o litoral, mas também para o interior” e lembrou que este projecto é lançado num “ano dramático para o turismo e acreditamos que vai ajudar a revitalizar o sector”.
Isabel Ferreira, secretária de Estado para a Valorização do Interior, salientou que existem cinco estações localizadas em territórios de baixa densidade e duas em zonas mistas litoral e interior, havendo ainda duas das que estão em certificação que também se situam nestes territórios. A responsável falou também da existência de vários outros territórios com possibilidade de se tornarem estações náuticas, como o Gerês, a albufeira do Azibo e os lagos do Sabor. “Não tivemos a mínima dúvida em incluir este projecto no programa de valorização do interior no eixo dos projectos estruturantes e integrados”, revelou. Já Rita Marques, secretária de Estado do Turismo, afirmou que o turismo náutico emprega cerca de 72 mil pessoas e fez notar que “permanece um excesso de burocracia nas certificações e licenciamento de embarcações de recreio”, recordando que foi criado um grupo de trabalho para resolver esta questão. Também esta governante referiu a potencialidade para criar mais estações náuticas tanto na costa como nas linhas de água fluviais.
“Temos que ter plena consciência de que se trata de uma rede empresarial diversa, atomizada e com uma fortíssima presença de micro e pequenas empresas que, nesta altura e tendo em conta a situação que vivemos hoje, se encontram numa posição fragilizada”, fez notar.































