Poffs – a mota das panquecas holandesas

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Carla Vinhais e a sua mota transformada em “carrinha” de comida de rua (street food truck)

As Poffertjes – ou panquecas holandesas – são mini-panquecas confeccionadas com uma receita e forma próprias, que as tornam mais macias e com um sabor mais suave.

Nas Caldas foi recentemente criada a Poffs, uma mota (Piaggio APE400) transformada em street food truck (carrinha de comida de rua) que vende este produto.
A Poffs é a primeira aposta empresarial de Carla Vinhais, moçambicana que há 40 anos reside nas Caldas. Durante muito tempo trabalhou no comércio, depois viu-se no desemprego. Há cerca de um ano decidiu colocar esta ideia antiga em prática e criar o seu próprio posto de trabalho.
Procurou “um produto que não existisse aqui” e depois deu-lhe o seu próprio toque. Isto porque na Holanda estas pequenas delícias são vendidas com açúcar e manteiga ou uma bebida e chantily. Mas Carla Vinhais decidiu ir mais longe e aproveitou o facto de o sabor ser suave para conjugar as poffs com gostos doces e salgados. Já lançou vários sabores: da poff com creme de pastel de nata, à que leva maçã de Alcobaça, da de tofffee salgado à de Pêra Rocha do Oeste, passando pela de chocolate com topping de ginja e pela de salmão com ervas aromáticas… A busca continua, na procura de novos sabores.
As panquecas são servidas em doses de seis unidades e custam entre 2,50 e 4 euros, consoante a cobertura. Carla Vinhais afirmou ainda que haverá uma aposta forte nos produtos locais, estando mesmo a desenvolver uma poff com fios ou trouxas de ovos.
Além de venderem em eventos, foram-lhes disponibilizados cinco espaços no concelho onde podem parar a mota: na Foz do Arelho, junto à praia; no Largo Heróis da Naulila, no Bairro Azul; na Rua Heróis da Grande Guerra e na Praça 5 de Outubro. Não tem dias nem horários definidos. A ideia é mesmo não se fixar e ir ao encontro do público.
A agora empresária elogiou “a abertura da Câmara das Caldas”, explicando que tem tido dificuldades na obtenção de licenças para outros concelhos. “O Estado, que é quem devia apoiar, é quem bloqueia a iniciativa privada dos pequenos”, acusou.
A criação deste projecto contou com o apoio da Colab de Óbidos (no design), da AIRO, e da oficina de Luís Rato, no Cartaxo, que transformou a mota. A abertura deste negócio implicou um investimento de 25 mil euros, tendo Carla Vinhais recorrido a uma linha de crédito mais favorável, através do programa Sou Mais e do Banco BIC. 

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