Oeste tem 11 cooperativas no estudo das maiores do país

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As cooperativas do Oeste voltam a afirmar-se como uma força relevante na economia social portuguesa. A edição de 2023 do estudo “As 100 Maiores Cooperativas”, publicado pela CASES – Cooperativa António Sérgio para a Economia Social, revela que onze cooperativas da região integram o ranking nacional, a maioria com atividade no setor agrícola e frutícola, mas também com expressão na área dos serviços, do ensino e também da cultura, no qual a cooperativa que publica a Gazeta das Caldas volta a estar presente.
No ranking das 100 maiores cooperativas propriamente dito, estão sete cooperativas da região que faturaram no ano em análise mais de 100 milhões de euros e empregavam perto de 500 pessoas.
A Cooperativa Agrícola dos Fruticultores do Cadaval, que ocupa a 35.ª posição, é a melhor colocada no ranking, com uma faturação de 21,1 milhões de euros e um quadro de 121 trabalhadores, dos quais mais de três quartos são do género feminino. Apesar de ser a melhor colocada da região no ranking, caiu um lugar em relação ao ano passado. Ainda no top 50, surge a Cooperativa Agrícola dos Criadores de Gado da Benedita, que assegura o 44.º lugar com um volume de negócios de 17,3 milhões de euros e um total de 28 colaboradores, sendo a referência regional na fileira da produção animal.
Outras cooperativas da região também marcam presença neste levantamento nacional. A Frutus – Estação Fruteira do Montejunto, sedeada no Cadaval e centrada na fileira da maçã, surge no 54.º lugar, com vendas superiores a 14,9 milhões de euros e 83 trabalhadores. A Louricoop – Cooperativa de Apoio e Serviços do Concelho da Lourinhã, que emprega 58 pessoas, integra também o ranking nacional, figurando no 57.º lugar com uma faturação de 14,2 milhões de euros. Já a Cooperfrutas – Cooperativa de Produtores de Fruta e Produtos Hortícolas de Alcobaça, apresenta-se na 59.ª posição, com 14,1 milhões de euros em volume de negócios e 81 trabalhadores.
A Granfer – Produtores de Frutas, de Óbidos, surge no 80.º lugar com um volume de negócios de 9,8 milhões de euros e um total de 68 postos de trabalho. A lista das cooperativas oestinas é fechada pela Cooperativa Agrícola do Bombarral, que aparece no 86.º lugar, com 8,8 milhões de euros de volume de negócios e 49 trabalhadores.
A estas sete, juntam-se outras quatro que constam do estudo por se destacarem entre as maiores do seu ramo de atividade. Começando pelo setor financeiro, a região tem duas das 20 maiores cooperativas de crédito, nomeadamente a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Alcobaça, Cartaxo, Nazaré, Rio Maior e Santarém no 12º lugar, com um ativo líquido de 529,8 milhões de euros e 86 trabalhadores. Três lugares abaixo surge a CCAM de Caldas da Rainha, Óbidos e Peniche, com ativo líquido de 449,87 milhões de euros e 63 colaboradores.
Na Solidariedade Social, o Centro de Educação Especial Rainha D. Leonor é a terceira maior cooperativa, com um volume de negócios de 2,97 milhões de euros e 107 trabalhadores. Finalmente, no ramo da cultura, a Cooperativa Editorial Caldense, que edita o jornal Gazeta das Caldas, surge no quinto posto, com uma faturação de 393,5 mil euros e 10 colaboradores.
O estudo da responsabilidade de Eduardo Pedroso e Edna Neves concluiu que o ramo principal das cooperativas do ranking das 100 maiores é dominado pela agricultura, com 79 cooperativas, seguido do ensino com nove. O conjunto atingiu cerca de 3,55 mil milhões de euros de receita, um crescimento de 8% face ao ano anterior, e 83 das cooperativas registaram crescimento, a uma média de 18,6%, enquanto as que perderam receita tiveram quebras média de 8,4%. Trabalharam em 2023 nestas cooperativas quase 8600 trabalhadores, menos 1,1% do que no ano anterior. Já os resultados líquidos superaram os 74,8 milhões de euros. ■

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