Oeste exportou mais no primeiro semestre deste ano

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A região continua a apresentar saldo negativo entre compras e vendas
O Oeste exportou mais, mas também importou mais, nos primeiros seis meses deste ano, segundo dados do INE. No entanto, as exportações aceleraram a um ritmo superior, o que levou a uma contração de 2,6% da balança comercial da região, que se fixou em -191,7 milhões de euros.

 

No primeiro semestre de 2019 as exportações de bens atingiram no Oeste os 616,1 milhões de euros, mais 11,9 milhões de euros do que no mesmo período do ano passado.

A maioria dos bens exportados tiveram como destino o espaço comum europeu, totalizando as vendas para este mercado 458,2 milhões de euros, o correspondente a 74,3% do total.

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Torres Vedras cotou-se como o município mais exportador nestes primeiros seis meses do ano, representando mais de um quarto dos negócios da região com o estrangeiro. As vendas para o estrangeiro do concelho torriense totalizaram 166,4 milhões de euros. Acima da fasquia dos 100 milhões de euros surgem mais dois concelhos, Alcobaça e Alenquer.

Caldas da Rainha surge logo abaixo destes, como o quarto concelho mais exportador do Oeste, atingindo nos primeiros seis meses do ano os 68,46 milhões de euros. Este é um valor idêntico ao verificado no primeiro trimestre de 2018, apenas 0,1% acima.

Óbidos é o concelho que menos exporta bens no Oeste. Na primeira metade ficou-se pelos 5,6 milhões de euros. Mesmo assim, observa-se um incremento de 6,4%.

O concelho com maior subida relativa foi Arruda dos Vinhos, que exportou mais 51,1% que nos primeiros seis meses de 2018. O que registou maiores quebras foi Sobral de Monte Agraço, que viu as vendas para o estrangeiro diminuírem acima dos 20%.

Se em relação às exportações há desempenhos muito díspares entre os concelhos do Oeste, nas importações o comportamento é mais estável. A maior subida no consumo externo é a do Cadaval, cuja importação de bens subiu 17,9%, enquanto a maior descida se verifica em Peniche, com um recuo de 13,1%.

No seu conjunto, o volume de importações do Oeste subiu 0,9% para 807,8 milhões de euros na primeira metade deste ano. Quase 78% desse volume é proveniente do espaço da União Europeia.

Torres Vedras é o também concelho mais importador da região, tendo no primeiro semestre atingido os 325,5 milhões de euros. Segue-se Alenquer, com 190,7 milhões de euros. Os dois concelhos juntos são responsáveis por 63% das importações de toda a região.

Nas Caldas da Rainha, registou-se uma descida de 6,9% nos fornecimentos realizados no estrangeiro, para um total de 59,9 milhões de euros. De notar que a principal redução nas importações para o concelho se verificou nos mercados extracomunitários, de 16,6 milhões de euros para 13 milhões.

Em Óbidos as importações subiram a um ritmo idêntico ao das exportações (5,8%), totalizando 17,8 milhões de euros.

O concelho que menos contribuiu para o volume de importações no primeiro semestre do ano foi o Bombarral, com um volume abaixo dos 5,5 milhões de euros.

BALANÇA COMERCIAL ALIVIOU LIGEIRAMENTE

Quanto à balança comercial (a diferença entre as exportações e as importações), os dados do INE apontam para uma ligeira contração no primeiro semestre deste ano em relação ao período homólogo. O saldo passou de -196,7 milhões de euros para -191,7 milhões, uma melhoria de 2,6%. A taxa de cobertura das importações pelas exportações também melhorou ligeiramente, de 75,4% para 76,3%.

O concelho que mais contribuiu para a balança comercial negativa da região foi Alenquer, onde as compras no exterior correspondem a mais 83,9 milhões de euros do que as vendas. Já Alcobaça está no polo oposto, com as vendas para o exterior a superarem as compras em 47,7 milhões de euros.

Nas Caldas da Rainha, o balanço entre exportações e importações é positivo em 8,6 milhões de euros, um pouco mais do dobro que no primeiro semestre do ano passado.

Já em Óbidos observou-se um agravamento da balança comercial negativa, em 5,5%. As compras no estrangeiro superam as vendas em 12,1 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, o que significa que a taxa de cobertura é de 31,7%, a mais baixa da região. No extremo oposto está o Bombarral, onde as exportações representam 275% das importações.

Porém, o concelho com o comportamento mais notável ao nível da balança comercial é a Lourinhã, que passou de um saldo negativo próximo dos 460 mil euros para mais de 2,1 milhões de euros positivos, uma melhoria de 559,7%

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