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Óbidos esteve na corrida, juntamente com mais de 25 localidades portuguesas, à instalação de um centro de processamento de dados da Portugal Telecom (PT) que acabou por ir para a Covilhã.
Segundo a operadora, este será um dos maiores centros de dados da Europa e deverá entrar em funcionamento no segundo semestre de 2012.
O novo data center terá mais de 45 mil metros quadrados e uma capacidade de instalação de mais de 50 mil servidores. Será uma referência em termos de eficiência energética, com poupanças de 93 mil toneladas de CO2 e de 40% no consumo de energia, com utilização de sistemas de refrigeração que recorrem às temperaturas ambientes.
O nível de eficiência energética deste projecto traduz-se na poupança de 93 mil toneladas de CO2 e na redução de 40% de consumo energético, através da criação de um parque eólico com 28 torres.
O centro será “suportado por uma rede de comunicações de fibra óptica de alto débito que o ligará às principais redes mundiais de comunicações”, diz a PT. Será ainda criado um Centro de Inovação em Tecnologias de Informação que permitirá “atrair para a região núcleos empresariais nacionais e internacionais”, que poderão contribuir para o desenvolvimento económico da região e potenciar a articulação com o meio universitário e de investigação, através da Universidade da Beira Interior. Em termos da promoção de emprego, o centro possibilitará a criação de 100 postos de trabalho directos e 400 indirectos.
A Agência Financeira refere que o presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto, considera este investimento da PT, uma “pujante âncora para a Covilhã”. O autarca destaca ainda que se trata de um dos maiores investimentos já realizados na Beira Interior e há grandes expectativas sobre os efeitos positivos para aquele concelho e região.
De acordo com a PT, entre os critérios de selecção do estudo efectuado para selecção do local, que envolveu consultores internacionais, estão os níveis elevados de segurança sísmica, impacto social, económico, ambiental e as acessibilidades.
Óbidos integrou a “short list” de localidades que a PT equacionou para colocar o centro, mas a escolha acabou por recair na Covilhã. O presidente da Câmara de Óbidos, Telmo Faria, explicou que o projecto precisava de condições relacionadas com o clima e temperatura, e para a construção de parques eólicos, que são mais benéficas junto à Serra da Estrela.
O autarca obidense explicou ainda que se tratava de um projecto com um impacto muito grande, dando o exemplo do seu consumo eléctrico, que é equivalente ao da cidade do Porto.
No entanto, e apesar de Óbidos não ter ganho a localização do centro de processamento de dados, ficou “uma porta aberta para discutirmos outro tipo de projectos”, disse o autarca, acrescentando que os responsáveis da empresa ficaram “surpreendidos” com as características deste concelho.
Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt
