Nova imagem e novos vinhos na Adega de Alcobaça

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A Adega Cooperativa de Alcobaça (ACA) apresentou no passado dia 28 de Junho a nova imagem e uma gama renovada dos seus vinhos, uma alteração vista como um dos três pontos chave para a recuperação da instituição.
Para Manuel Castelhano, presidente do Conselho Fiscal da ACA, este foi “um dia muito significativo, que marca um ponto de viragem”. O dirigente falou do esforço da direcção na recuperação do controlo financeiro da cooperativa e na mudança de imagem numa perspectiva de um ataque mais decidido ao mercado.
“O enólogo Rodrigo Martins tem feito um trabalho excelente na qualificação do vinho, mas era preciso criar condições de atracção de mercado”, explicou Manuel Castelhano.
A renovação da imagem foi transversal à instituição e aos produtos que comercializa. Foi criado um novo logótipo, de forma circular, que resulta da inspiração tripartida nos ornamentos de uma das principais janelas do mosteiro de Alcobaça, nos bagos de uva e na gota do vinho. Este logótipo, associado à denominação Adega de Alcobaça, é transversal a todos os produtos.
A rotulagem e embalagem dos vinhos foram totalmente refundadas e a gama de produtos sofreu também algumas alterações. A gama mais elevada, Montes, recebeu um branco certificado, que se vem juntar ao tinto regional. “Não tínhamos um branco certificado, o que era uma carência grave no nosso portfolio de vinhos”, disse o enólogo Rodrigo Martins.
Recebe ainda um tinto Colheita Seleccionada, feito através de uma selecção de uvas, que tem ainda um estágio em garrafa muito mais prolongado “que lhe confere características distintas”, explicou Rodrigo Martins.
Na gama média a marca Terras de Alcobaça vai ser substituída pela Levadas dos Monges. Numa fase inicial as duas vão coabitar, mas apenas até ser escoado todo o stock da primeira. A marca Levadas é apontada como o principal suporte comercial da ACA, com uma boa relação qualidade e preço.
À gama de entrada, composta pela marca Pé de Serra, acresceu o vinho rosé ao tinto e ao branco em garrafa de 0,75 l. Continua disponível também em bag in box nas três variantes.
José Paulo Teixeira, responsável pela criação da nova imagem, referiu que o objectivo do seu trabalho foi arranjar uma identidade, comum a todos os vinhos, com uma atitude forte capaz de responder à crescente voracidade do consumidor em relação à imagem.
O próximo passo da cooperativa será a realização de um levantamento da área de produção de uva, “para saber com o que podemos contar para a produção de vinho, promover novas plantações e captar novos associados”, adiantou Manuel Castelhano.

Joel Ribeiro

jribeiro@gazetadascaldas.pt

Museu do Vinho abriu ao público de forma regular

O Museu do Vinho de Alcobaça – que tinha sido inaugurado no passado dia 18 de Maio – foi aberto ao público no passado dia 28 de Junho, em fase experimental mas de forma contínua.
O museu passa assim a funcionar de terça a domingo, com visitas guiadas às 11 e às 15 horas. Para além deste funcionamento regular, dispõe ainda de um serviço de visitas sob marcação para grupos organizados e escolas num horário alargado, das 9h30 às 11h30 e das 14 às 17 horas, de terça a sexta. Aos sábados domingos e feriados o horário para grupos é das 10h00 às 12h30 e das 13h30 às 16h00.
As visitas têm um custo de 2,50 euros para o público em geral e gratuita para crianças até aos 12 anos, para os maiores de 65 anos, estudantes, professores, profissionais de museus e escolas.
O espaço recebe ainda um gabinete de museologia e um centro de documentação.
O Museu do Vinho de Alcobaça é considerado uma das joias do património vitivinícola nacional. Instalado numa antiga adega mandada erigir em 1874 por José Eduardo Raposo de Magalhães, que ali produziu os vinhos JEM, o edifício representa um património museológico da maior importância no contexto da indústria do vinho nacional. O acervo reúne mais de 8500 peças móveis desde o século XVII ao advento do século XXI.

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J.R.

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