
Uma dúzia de artistas e ceramistas caldenses participaram num workshop para a criação da marca Caldas, que decorreu na empresa Molde, no dia 21 de Julho. Este foi o culminar de uma série de encontros que se têm realizado ao longo do último ano e meio, para levantamento de informação sobre este território, organizados e desenvolvidos por Américo Mateus, responsável pelo Ideas(R)evolution, um projecto desenvolvido na UNIDCOM (Unidade de Investigação em Design, Marketing e Comunicação do IADE) em parceria com a Câmara das Caldas da Rainha e a AIRO.
“Penso que teremos condições de ter o trabalho concluído até ao fim de Setembro”, disse Américo Mateus, acrescentando que se tratará de uma “uma marca mutável, embora assente num conjunto de suportes que não mudam”.
Ao longo dos encontros, sobre temas como a gastronomia, doçaria, bordados, ou indústria, foi feito um levantamento da informação e identificadas a “irreverência e criatividade como ADN”, contou Américo Mateus à Gazeta das Caldas. O responsável acrescentou que a cerâmica é tida como um dos principais activos a defender, não só pelo passado e tradição, como no presente e futuro e como um factor de potencial desenvolvimento.

Com base nos contributos que obteve das pessoas envolvidas, a equipa está agora a preparar a última fase, onde pretende introduzir novas tecnologias, como o design parametrizado, ou seja, “a matemática aplicada à construção de formas”.
Segundo Américo Mateus trata-se de um processo pioneiro, que emergiu na arquitectura, mas que a equipa entendeu que devia experimentar nas Caldas. “Este território é criativo, é irreverente, então vamos tentar sê-lo também na finalização da marca”, justifica o responsável.
No fundo, será o processo de leitura de formas de cerâmica, com uma vertente mais industrial e artística, que será a expressão final da marca, a nível visual e gráfico.
Também presente no workshop, o vereador Hugo Oliveira, destacou que a marca terá um efeito “chapéu” em todo o potencial das Caldas e pretende ligar tudo o que existe de identitário. “Queremos que quando se comunicar para fora seja com esta marca”, disse o autarca, defendendo que esta tem que ser dinâmica e que as pessoas possam ir contribuindo para o seu desenvolvimento.
“Caldas tem recursos endógenos muito grandes em termos criativos, que podem até estar adormecidos, mas que vão despertar”, acredita o autarca, que espera com esta marca atrair cada vez mais gente ao concelho.
Este projecto está incluído no Oeste Activo, dinamizado pela AIRO. O IADE trabalhou também esta metodologia nos municípios do Alvito e Viana do Alentejo.
Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt






























