A empresa leiriense Lubrigaz investiu cerca de 1,5 milhões de euros nas Caldas da Rainha para adquirir o negócio Volvkswagen (VW), que era detido pela Florescar, e as respectivas instalações. A empresa adquiriu ainda a parte da empresa caldense numa sociedade que tinham para o negócio da marca Audi.
Nuno Roldão, gerente da Lubrigaz, disse à Gazeta das Caldas que o investimento foi um risco calculado. “Acreditamos que o período menos bom já lá vai e aceitámos este desafio. Foi um investimento significativo, mas se não acreditássemos no potencial deste mercado não o fazíamos”, disse o responsável pela empresa.
O negócio envolveu um novo contrato de concessão com a VW e a aquisição à Florescar do respectivo imóvel (localizado na Rua Dr. Artur Figueiroa Rego, no Lavradio), bem como o seu stock e imobilizados. A Lubrigaz contratou ainda metade dos trabalhadores, cerca de 20, que mantiveram os direitos adquiridos ao serviço da antiga empresa. Os restantes foram indemnizados em processo de despedimento colectivo pela Florescar.
A equipa, que Nuno Roldão classifica de “muito profissional, coesa e dedicada”, é liderada pelo director Luís Barros Rodrigues, que já trabalhava na sede da Lubrigaz em Leiria.
O mercado caldense não é estranho à empresa leiriense. “Trabalhámos décadas à distância, tínhamos a sede em Leiria, mas fazíamos negócios nas Caldas, até a Florescar conseguir a concessão da VW”, recorda Nuno Roldão. As duas empresas fizeram depois uma sociedade para o negócio da Audi, criando a Lubriflores, que agora passou a denominar-se Lubrisport.
A venda de automóveis novos teve uma retoma durante 2014. A Lubrigaz registou um crescimento nas vendas na ordem dos 30%. Nuno Roldão acredita que em 2015 as vendas de automóveis novos vão continuar a subir, até porque o parque automóvel em Portugal está envelhecido e isso representa alguns perigos, “em termos de emissões e também de segurança”.
O mercado das Caldas pode ajudar a empresa, acredita o gerente. “Sendo menos industrializada que Leiria, Caldas tem serviços e actividade agrícola, que é um sector com grande potencial e poderá ser uma das saídas para a crise em Portugal”, sublinha.
Nas instalações das Caldas, a empresa manteve todos os serviços que existiam anteriormente. Para além do comércio de viaturas novas e semi-novas VW e Audi, estão presentes os serviços de mecânica, colisão, pintura, estação de serviço, e balcão de peças e acessórios para o exterior.
A empresa deverá ainda este ano lançar uma marca própria do Grupo VW para comércio de usados: a Das Welt Auto. “É uma marca que transmite confiança pois os automóveis têm garantia, são revistos num determinado número de pontos de segurança e fiabilidade e têm uma boa relação preço-qualidade”, referiu o gerente da empresa.
A Lubrigaz é também parceira da financeira Volkswagen Bank, que tem registado um crescimento no mercado cativo dos automóveis. Nuno Roldão destaca as condições que a financeira consegue para os clientes e as campanhas que vão surgindo, como a que decorre actualmente para os Audi A1 e A3 e VW Polo, com 0% de entrada e de juros.
A Lubrigaz comemora este ano 75 anos e trabalha com a VW desde 1952. Nuno Roldão refere que os ideais da empresa são o profissionalismo e o respeito pelo cliente e salienta que a grande vantagem da empresa é dedicar-se em exclusivo ao mercado automóvel.






























