Loja das Sopas encerrada no Vivaci deixa funcionárias surpresas

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O Centro Comercial Vivaci encerrou subitamente a Loja das Sopas, localizado no 3º piso na zona de restauração, tendo os seguranças impedido as funcionárias daquela loja de aceder ao seu local de trabalho.
A denúncia vem numa carta publicada esta semana no Correio dos Leitores, na qual as funcionárias demonstram a sua estupefacção por, de repente, chegarem ao trabalho e verem que este já não existe. As mesmas ficaram ainda indignadas por tal ter acontecido numa manhã de sábado, impedindo-as de actuar junto das autoridades competentes.

Neste momento as quatro ex-empregadas da Loja das Sopas mantém-se no centro comercial a cumprir o horário de trabalho, à espera que a sua entidade patronal reabra o estabelecimento ou, então, lhes comunique a cessação do contrato.
Uma fonte oficial da Starfoods, SA, que detém a marca Loja das Sopas e possui sede na Cruz Quebrada, disse à Gazeta das Caldas que a loja do Vivaci é um franchising explorado pela empresa Requinte das Sopas, Unipessoal, Lda. pelo que é alheia a este problema. Aquela marca possui meia centena de lojas deste tipo em Portugal, das quais 16 são próprias e 34 franchisadas.
Por sua vez, o Centro Comercial Vivaci – que só presta declarações através da agência Central de Comunicação – respondeu a um mail do nosso jornal com um breve comunicado no qual confirma o fecho da loja e que transcrevemos na secção Correio dos Leitores.
Gazeta das Caldas apurou que este encerramento se deveu a incumprimento do pagamento da renda por parte da empresa Requinte das Sopas, Unipessoal, Lda. que pertence a Paulo Assunção.
Contactado pelo nosso jornal, este empresário disse que também ele ficou surpreso com o encerramento da loja, feito sem aviso prévio pois só na segunda-feira seguinte recebeu uma carta da FDO (empresa detentora do Vivaci) a comunicar que esta iria fechar. Uma afirmação que, contudo, não é corroborada pelas suas funcionárias que dizem ter este tido conhecimento antes de sábado por ter ido na véspera à loja buscar as chaves.
Paulo Assunção reconhece que havia uma dívida – cujo montante não quis divulgar -, mas contou que propôs à FDO o seu pagamento integral para poder reabrir a Loja das Sopas, mas que a direcção do Vivaci recusou alegando que as negociações se encontravam encerradas.
“Não percebo porquê porque se todos os problemas fossem rendas em atraso, o centro comercial já estava fechado. Toda a gente sabe que aquilo não está a correr bem”, disse o empresário.
A mesma fonte disse ainda que, apesar da loja ter sido encerrada, a empresa Requinte das Sopas – Unipessoal Lda. não fechou continuando a ser responsável pelas suas funcionárias.
“Era fácil para mim mandar-lhes uma carta para receberem o subsídio de desemprego, mas a empresa não fechou. Alguém vai ter de lhes pagar os salários”, disse Paulo Assunção referindo-se às funcionárias e assumindo o início de um processo litigioso com o Vivaci.
A Loja das Sopas existia no centro comercial desde 2008 e, segundo o empresário, representou um investimento de 200 mil euros.

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1 COMENTÁRIO

  1. Acredito que para o Vivaci chegar ao ponto de “forçar” o fecho da loja não seja assim uma coisa tão subitamente.
    Depois se não havia possibilidade de efectuar pagamentos a horas, agora já existe a possibilidade de “pagamento integral”?
    Acredito que o comércio nas Caldas esteja mau, mas a fiado nem a taberna meus senhores.