Cerca de uma dezena de lesados com a compra de papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES) entrou na dependência do Novo Banco da Praça 25 de Abril, na manhã de 1 de Junho, acompanhados pela polícia, para identificarem os responsáveis do BES e apresentarem uma queixa por burla qualificada. A acção é contra “gestores, sub-gerentes, gerentes e toda a cadeia de administração e direcção que transitou do BES para o Novo Banco”, disse Ana Henriques, uma das lesadas caldenses à Gazeta das Caldas.
Depois desta dependência dirigiram-se à da Santo Onofre para o mesmo procedimento e, na passada terça-feira, fizeram o mesmo em Peniche. Esta é, aliás, uma prática que os lesados estão a realizar por todo o país com o objectivo de fazer prova em tribunal que o papel comercial foi-lhes vendido como um produto seguro.
Ana Henriques garante que nunca ouviram falar no GES quando lhes foi vendido o papel comercial, acusando os funcionários e responsáveis do banco de sonegação de informação importante. “Fomos burlados porque venderam-nos um produto tóxico como sendo um produto do BES e não do GES”, disse, acusando ainda que os “os gestores incentivaram-nos a fazer este depósito com o dinheiro garantido”.
Ana Henriques, que integra a Associação de Lesados do BES, estima que nas Caldas o montante seja na ordem de um milhão de euros.
Os lesados já se tinham manifestado, a 16 de Abril, frente às duas agências do banco e pelas ruas da cidade, reclamando o reembolso do investimento feito em papel comercial. O protesto durou cerca de quatro horas e durante esse período os manifestantes chegaram mesmo a cortar o transito.
Para hoje, sexta-feira, está prevista uma nova manifestação em Lisboa, que contará com a presença também dos lesados desta região.
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