Jorge Mealha vence concurso de arquitectura para o Parque Tecnológico de Óbidos

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notícias das CaldasO projecto do arquitecto Jorge Mealha foi o vencedor do concurso público de ideias para a construção dos edifícios centrais do Parque Tecnológico de Óbidos (PTO). A proposta, que se caracteriza por um edifício quadrado vazado e sobrelevado em torno de uma praça central, foi apresentada no passado dia 19 de Setembro, altura em que se assinalou também o segundo aniversário da incubadora ABC, no Convento de S. Miguel, nas Gaeiras. 

“O projecto para a Praça Central e Edifícios Centrais do Parque Tecnológico de Óbidos, procurou através de um olhar sensível e criativo, evocando a memória de estruturas de grande beleza e relevância na estrutura da identidade espacial da paisagem da região, instaurar um sentido perene ao lugar onde se desenvolve”. É desta forma que o arquitecto Jorge Mealha descreve o projecto de criou e venceu o concurso público, entre 23 propostas apresentadas. Em segundo lugar ficou a proposta do atelier Inês Lobo Arquitectos e em terceiro a do Gabinete Concepsis.
Os edifícios que foram concebidos irão proporcionar às empresas instaladas no parque um conjunto de serviços de apoio, incluindo salas de reunião,  auditório, data center, cafetaria e salas de restauração. O edifício para incubação irá ainda possuir uma biblioteca temática, uma área de prototipagem e experimentação e uma área técnica.
Esta foi a primeira fase do projecto que irá culminar com a construção dos edifícios centrais, que possuem um valor máximo estabelecido de 3,6 milhões de euros, a que acresce o IVA. Numa segunda fase serão desenvolvidas as várias especialidades do projecto, seguindo-se o lançamento do concurso público para a empreitada de construção. Filipe Montargil, director da Obitec (entidade gestora do PTO) acredita que a obra deverá começar durante o segundo semestre do ano que vem para estar pronta em finais de 2013.
Uma parte do financiamento está assegurada através do QREN, numa candidatura que a Universidade de Coimbra fez ao Sistema de Apoio a Parques de Ciência e Tecnologia e Incubadoras de Empresas de Base Tecnológica, em Julho de 2009, num total de 35 milhões de euros. Este montante será aplicado em diversas entidades que integram o INOV C, como é o caso do Coimbra E Parque, o Biocant (Cantanhede) e algumas  incubadoras como o Instituto Pedro Nunes.
“Há o compromisso da CCDR do Centro em aumentar de 50 para 80% a comparticipação na construção dos edifícios centrais, mas o protocolo ainda não está assinado”, explicou Filipe Montargil, adiantando que tal já aconteceu nos parques cuja obra já foi adjudicada.
Os trabalhos concorrentes encontram-se em exposição, no Convento de S. Miguel das Gaeiras, até ao próximo dia 28 de Setembro.

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Perto de 30 empresas compõem o universo tecnológico de Óbidos

No dia em que a incubadora de base tecnológica – ABC – celebrou dois anos, Filipe Montargil partilhou com os presentes que já formalizaram 40 contratos com empresas, dos quais 25 estão activos. Actualmente a incubadora oferece três regimes diferentes: a instalação física em incubação (com nove empresas), regime normal (três empresas) e instalação virtual (16 empresas), a que se juntam duas empresas instaladas no parque tecnológico e mais três com candidatura aprovada.
“Temos perto de 30 empresas, com uma dimensão diversificada”, explicou Filipe Montargil, destacando que entre elas existem três empresas que possuem uma facturação superior a três milhões de euros, como é o caso da Janela Digital, a Ambisig e a Tekever (esta situada no Bairro da Senhora da Luz com projectos nas áreas das tecnologias da informação e comunicação, aeronáutica, espaço, defesa e segurança).
O responsável adiantou ainda que existem várias empresas com um volume de investimento – no desenvolvimento do projecto ou em investigação e desenvolvimento – superior a meio milhão de euros, referindo-se aos casos da Várzea da Rainha, Óbidos Records, ESLAM ou da Sea for Life.
O parque tem também atraído grupos de trabalho ou unidades de investigação que estavam no Tagus Park em Oeiras e está a ser procurado por diversas entidades para ser tomado como exemplo a seguir. “Oeiras está interessada em visitar o Convento, assim como já aconteceu com a fundação Brasil Criativo, que pretende desenvolver estruturas de incubação e veio ver como poderão ser concretizadas”, exemplificou.
Com a construção dos edifícios centrais e concretização das duas fases de loteamento (com 30 lotes cada), o PTO permitirá a instalação de 100 a 150 empresas. “Há empresas que já nos disseram que quando houver edifícios centrais esperam estar numa posição que lhes permita passar para aí”, refere o responsável.
No entanto, para se fixarem no Parque as empresas necessitam de ter alguma maturidade empresarial, com um plano de negócio desenvolvido, e validado, parceiros, produtos desenvolvidos e uma carteira de clientes para trabalhar. As restantes empresas deverão continuar a funcionar no Convento.
Também presente no evento, o presidente da Câmara e da Obitec, Telmo Faria, destacou a vantagem deste parque pela proximidade a Lisboa, local de maior volume de mercado para as indústrias criativas. Referindo-se à proposta vencedora para os edifícios centrais disse tratar-se de um “espaço com muita mobilidade, muito original e de formas arrojadas”, que acredita que  vai dar “um grande impulso ao PTO”.
Telmo Faria garantiu ainda que neste concelho têm sido construídos edifícios com muito boa arquitectura e que estão todos em uso.

 

Parque Tecnológico participa no concurso Arrisca C

O Parque Tecnológico de Óbidos, em conjunto com a Universidade de Coimbra e outras entidades parceiras, está a organizar o Arrisca C, um concurso que tem por objectivo premiar as melhores ideias e planos de negócio. Podem concorrer pessoas singulares ou colectivas que pretendam explorar uma ideia ou plano de negócio.
As candidaturas podem ser apresentadas individualmente ou por equipas até  cinco elementos, em que pelo menos um dos promotores seja estudante ou recém-diplomado há menos de três anos.
Os empreendedores poderão concorrer à tipologia A, que se refere ao concurso de ideias de negócio, ou à tipologia B, relativa ao concurso de planos de negócio, onde se pretende que sejam entregues projectos inovadores que visam a constituição de uma empresa, que terá de estar inserida na zona geográfica INOV-C, pelo menos durante os dois primeiros anos.
Os prémios ultrapassam os 100 mil euros. O prémio Parque Tecnológico de Óbidos é destinado à inovação e criatividade, tem um valor de 720 euros e está inserido no concurso de ideias de negócio. Premeia o melhor projecto na área das indústrias criativas, devendo este depois ser desenvolvido em Óbidos.
As ideias e planos de negócio a submeter a concurso deverão ser enviadas até ao dia 30 de Outubro para geral@arrisca-c.pt.
Os interessados em obter mais informações poderão aceder a www.arrisca-c.pt

 

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