
Empresa tem investido no último ano para reforçar a competitividade dos produtos próprios, nas áreas do CRM, comércio eletrónico, portais de informação, inteligência artificial e big data
A Janela Digital Janela Digital investiu cerca de 2,5 milhões de euros em nova plataforma tecnológica ao longo do último ano, com o objectivo de “reforçar a competitividade” dos seus produtos próprios, na área do CRM, comércio eletrónico, portais de informação, inteligência artificial e tratamento de grandes volumes de dados (big data). A empresa, instalada no Parque Tecnológico de Óbidos, emprega cerca de 150 colaboradores sendo líder no sector em Portugal e Espanha, e tem como clientes os principais bancos portugueses e espanhóis e mais de 2500 empresas imobiliárias e mais de 25 mil utilizadores do seu CRM. Em Espanha, a Janela Digital actua no mercado através da Inmofocus SA, a subsidiária de direito espanhol pertencente à empresa portuguesa. Após comemorar duas décadas de existência em final do ano passado, a Janela Digital “congratula-se de estar em plena forma, muito competitiva, apenas com produtos de marca própria, independente de qualquer fornecedor terceiro e com boas perspetivas de crescimento”, pode ler-se numa nota de imprensa divulgada há dias. Com uma faturação anual da unidade em Óbidos a superar os 6 milhões de euros, a empresa assegura que só a “falta de recursos humanos” impede um crescimento mais substancial de uma empresa que se destaca na área do imobiliário, ao apresentar soluções de ponta para os motores de busca de imóveis na Península Ibérica.
Das caldas para o mundo
A Janela Digital, pertencente ao universo da Altice, continua “com uma forte presença local”, tendo em conta que 50% do capital se encontra nas mãos de dois sócios-fundadores: João Figueiredo e Emídio Cunha. Estes dois caldenses fundaram a empresa e ainda mantêm o capital e gestão da mesma, fazendo questão que a Janela Digital “não saia da região e que tenha aqui o seu pólo de desenvolvimento para o Portugal e Espanha assim como para os restantes países do mundo onde tem pontualmente alguns clientes”.
Formação precisa-se na nossa região
Por outro lado, os fundadores da empresa obidense contestam a actuação do Instituto Politécnico de Leiria, “por não promover a formação na área da engenharia informática na região, ou nas instalações do IPL nas Caldas da Rainha ou diretamente no Parque Tecnológico Óbidos”.
No entender daqueles gestores, “não faz sentido ter havido um investimento público num Parque Tecnológico sem que tenha uma instituição de ensino a formar” quadros, assim como “não faz sentido a principal empresa do distrito de Leiria a recrutar programadores e o IPL de costas voltadas para essa mesma empresa e as suas necessidades, quando o mesmo IPL ministra cursos de programação fora do distrito como o faz em Torres Vedras”.
João Figueiredo e Emídio Cunha consideram que “não faz sentido tanta descoordenação a este nível”, apelando, desse modo, a uma mudança de política por parte do IPL na nossa região, por forma a evitar que haja “recursos públicos gastos de forma desprovida de sentido, sem um objectivo estratégico definido ou claro”.






























