Intervalo, um novo espaço de vinhos nas Caldas

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Ivo Gil e Rodrigo Martins são sócios no Intervalo

Espaço aposta em vinhos artesanais num ambiente descontraído

As Caldas da Rainha ganharam em maio um novo ponto de encontro cultural e enogastronómico. Chama-se Intervalo e abriu oficialmente no dia 17 de maio, na Rua Dr. Júlio Lopes, fruto da parceria entre Rodrigo Martins e Ivo Gil, seu antigo aluno e especialista em vinhos. “Basicamente foi unir os esforços entre mim e o Ivo”, explica o enólogo Rodrigo Martins, lembrando que o sócio já tinha experiência na área com um bar de vinhos artesanais na Praia da Areia Branca, Lourinhã.

O conceito chega agora à cidade com a ambição de criar uma oferta diferente e consistente. “Achávamos que era um sítio com mais população, onde pudéssemos não estar tão dependentes só do mercado de verão”, recorda. O espaço aposta sobretudo em vinhos artesanais, com forte presença de produtores nacionais e algumas referências estrangeiras. “É um conceito muito focado nos vinhos artesanais, muitos vinhos portugueses e alguns estrangeiros também”, sublinha.

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Além dos vinhos, o Intervalo oferece queijos selecionados em parceria com a Manteigaria Silva. Para Rodrigo Martins, esta combinação é um dos elementos diferenciadores. “Achamos que, mesmo a nível nacional, para esse estilo de vinhos, temos uma oferta muito interessante, muito exclusiva. Acima de tudo, vinhos que nós gostamos muito de beber e gostamos de partilhar com os nossos amigos”, aponta.

O espaço funciona tanto como bar de convívio como garrafeira, permitindo ao público levar as garrafas para casa. Mas o objetivo vai além da venda. “Quando abrimos uma garrafa de vinho, não é apenas isso, é também contar a história que está por trás da garrafa”, refere Ivo Gil.

Nos primeiros meses, a divulgação foi um desafio. “É uma luta”, reconhece Rodrigo Martins. Para isso, o Intervalo tem apostado na realização de eventos regulares, trazendo produtores, chefs e especialistas para partilhar conhecimento com o público. A programação inclui também encontros mais descontraídos, como o formato Meet the Maker, Not the Winemaker, que junta apaixonados pelo vinho, mesmo sem ligação direta à produção, como foi o caso no passado dia 26 de setembro.

O ambiente pretende ser de descontração e partilha cultural. “Nós olhamos para o vinho como um produto cultural e não tanto como uma bebida alcoólica”, destaca Rodrigo Martins, que também planeia dinamizar o espaço com música, literatura e cursos de prova de vinhos.

O nome Intervalo reflete a filosofia do projeto: um espaço para fazer uma pausa no ritmo quotidiano. “Definimos este nome porque achávamos que era um conceito giro. Mesmo os nossos horários são compatíveis com um final de dia de trabalho. Antes das pessoas irem para casa jantar, podem parar aqui e beber um copo… ou depois de jantar podem voltar para cá e desfrutar de um bom momento”, caracteriza o enólogo.

Com cerca de 200 referências disponíveis, o Intervalo apresenta-se como uma aposta sólida, ainda que de médio e longo prazo. “É tudo com os pés bem assentes no chão, com muita calma, sabendo que é algo de novo e que não há público de massas para este conceito, mas também nos cabe a nós educar, dar informação e mostrar que há um lado A e um lado B nos vinhos”, concluiu.

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