A importância do Mar como recurso para Portugal foi o objecto de discussão de uma conferência promovida pela Caixa Geral de Depósitos na Escola Superior de Turismo e Tecnologias do Mar (ESTTM), em Peniche, a 12 de Outubro.
Com o tema “Economia do Mar, Uma Parceria para a Competitividade”, este evento contou com a presença de 200 pessoas, de empresários a estudantes daquela escola.
O ponto alto da conferência foi a apresentação do estudo “O Hypercluster da Economia do Mar”, que tem vindo a ser apresentado em todo o país por Ernâni Lopes, ex-ministro das Finanças.
Em Peniche, este estudo foi apresentado por José Poças Esteves, economista e sócio-gerente da Sociedade de Avaliação de Empresas e Risco (SaeR), que chamou a atenção para a necessidade de mudança de paradigma: Portugal sem mar versus Portugal com mar.
Para este responsável, “Portugal sem mar é um pequeno país periférico e sem grande viabilidade económica. Portugal com mar é falar de um país maior que a Alemanha.”
O estudo pode ser consultado no sítio da Internet da Associação Comercial de Lisboa (www.acl.org.pt), que o encomendou a Ernâni Lopes.
Na conferência, os Grupos de Investigação de Recursos Marinhos e de Turismo da ESTTM, apresentaram também os seus projectos de investigação que estão em desenvolvimento.
A Associação de Armadores de Pesca do Centro – Opcentro e os Estaleiros Navais de Peniche falaram sobre as suas experiências no sector em que operam.
Para a CGD, o mar deve ser entendido como um aliado maior e natural de Portugal. Por isso, esta entidade bancária assume a responsabilidade de ser parte activa e promotora do reencontro de Portugal com a Cultura e a Economia do Mar.
“O mar pode representar, não apenas a reafirmação de Portugal como uma nação marítima à escala global, como já sucedeu na nossa História, mas fundamentalmente um domínio de grande importância, para o desenvolvimento económico do país”, refere a página na Internet da CGD dedicada à sustentabilidade.
Portugal possui uma vasta linha de costa e a maior zona económica exclusiva da União Europeia.
Foi entregue em 2010 nas Nações Unidas a proposta jurídica de duplicação dos limites territoriais portugueses, perspectivando-se expandir a área marítima de 1660 milhões para 3600 milhões quilómetros quadrados.
Esta proposta coloca Portugal entre os países do mundo com maior plataforma marítima continental.































