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Depois de um período difícil, com a falência de várias empresas, o Bom Sucesso Design Resort está a recuperar. No final do ano passado, a Sociedade BS Villas, que fazia a exploração turística das villas e do campo de golfe do Bom Sucesso, foi adquirida pelo grupo Onebiz e, já em meados deste ano, um grupo de investidores da América Latina adquiriu o campo de golfe, por 2,1 milhões de euros.
Decorrem agora as negociações para a compra do hotel. Pedro Portugal, administrador executivo do Onebiz e com funções de CEO no Bom Sucesso, acredita que o processo possa estar resolvido em meados do próximo ano, para que o equipamento seja concluído até finais de 2017.
A compra do campo de golfe The Gardian, em finais de Maio, pela Sociedade Roberto Solis SA deu uma “alavancagem completamente diferente ao turismo do resort”, revela Pedro Portugal, CEO do Bom Sucesso. Este responsável destaca que o golfe é uma peça estruturante no empreendimento e revela que o investidor – um fundo de investimento da América Latina com vários projectos ao nível dos media e da componente tecnológica – dá-lhes garantia de estabilidade.
A aposta passou por uma estratégia de credibilização e de mostrar ao mercado que o empreendimento Bom Sucesso estava de volta e com boas condições. O golfe é visto como um desporto e é nesse pressuposto que estão a apoiar Ricardo Melo Gouveia, actualmente o melhor jogador português, e a trabalhar em estreita ligação com a Associação de Profissionais de Golfe de Portugal (PGA).
Embora estando junto a Óbidos, “não pretendemos ser um country club, mas ter um posicionamento mais contemporâneo e ligado ao desporto”, explicou Pedro Portugal, acrescentando que se trata de um campo muito comercial.
Neste momento por resolver está a situação do hotel e de algumas propriedades autónomas. De acordo com o responsável, das 600 previstas para a primeira e segunda fases do projecto estão construídas e adquiridas 400.
Ainda há dois meses foram adquiridas cerca de 120 propriedades por bancos, particulares e investidores. “Estamos numa fase em que existe uma segunda fase de investimento, com muitos proprietários a querer comprar novas casas e empresas imobiliárias a contactar-nos. O mercado está novamente activo”, disse à Gazeta das Caldas.
A par das novas aquisições, também têm sido concluídas as moradias que não estavam terminadas. “Foi recuperada a confiança por parte dos proprietários e as casas estão a ser finalizadas”, explicou Pedro Portugal, acrescentando que alguns desses proprietários estão inclusivamente a investir noutras casas do empreendimento.
“O Bom Sucesso passou de um período de extremo risco para um período de oportunidade de investimento e depois passará para uma fase de consolidação”, salienta o responsável que acredita que tal poderá acontecer nos próximos dois anos.
Já este ano registou-se um aumento de turistas e em 2016 haverá dias em que estarão mais de 120 jogadores em campo, que é o limite da sua capacidade.
No que respeita ao hotel, com assinatura de Souto Moura, cujas obras foram interrompidas, Pedro Portugal diz que há investidores com interesse no projecto, entre eles a Sociedade Roberto Solis SA, que já adquiriu o campo de golfe.
Pedro Portugal acredita que a aquisição do imóvel e adjudicação da conclusão da obra possam ser feitas até meados do próximo ano. O investimento terá que ser feito “já com uma previsão daquilo que será o negócio e os custos de finalização” diz, contando com um período de cerca de 10 meses para a realização dos trabalhos.
A entidade gestora do resort vê o hotel como uma “peça fulcral” para o desenvolvimento do Bom Sucesso, fomentando as vendas ao nível do golfe e disponibilizando uma série de serviços.
Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt
