Hotel Campo Real sobrevive à falência e à crise e deve passar para mãos americanas

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O Campo Real Golf Hotel & SPA, no Turcifal (Torres Vedras), que desde Maio passado é propriedade do Fundo Discovery, ganhou um novo fôlego após um investimento de 2 milhões de euros, criou novos postos de trabalho e tem vindo a aumentar a sua taxa de ocupação.
Numa apresentação efectuada recentemente, a empresa que gere este resort lançou um conceito designado Nova Alma que pretende reflectir os novos tempos que este hotel está a viver depois da insolvência da empresa que o detinha.
A Discovery é um fundo que gere activos imobiliários turísticos em Portugal desde Setembro de 2012, e que conta com uma equipa especializada em imobiliário e turismo. Desde 29 de Maio, com a passagem dos créditos (a maioria detidos pelo BCP) do antigo proprietário para este fundo, este hotel de 5 estrelas tem sido alvo de um investimento de 2 milhões de euros para colmatar as falhas dos meses em que esteve parado. Agora, ultrapassada a crise e com o mercado a crescer, a Discovery deverá vender o resort à empresa norte-americana Dolce, que possui uma rede de hotéis de grande qualidade e está a expandir-se para a Europa.
Os trabalhadores do Campo Real foram fundamentais para que este hotel tivesse sobrevivido aos tempos de incerteza porque continuaram sempre a assegurar o seu funcionamento (com uma pequena interrupção de meses aquando da passagem do antigo proprietário para a Discovery).
“Ao longo dos meus 20 anos de carreira em vários hotéis nunca encontrei uma equipa tão genuína e tão boa como esta”, disse Francisco de Sousa, director deste resort à Gazeta das Caldas. “O que esta gente tem dado ao projecto! São de uma dedicação enorme”, acrescentou.
Além do hotel e do campo golf, o Campo Real tem também uma componente imobiliária, com dezenas de vivendas para venda que foram apanhadas pela crise. Habitações com três quartos, que no início estavam a ser vendidas por 600 mil euros, valem agora 230 mil. Francisco de Sousa está convicto que “as casas estão agora com um valor muito bom e deverão triplicar nos próximos cinco anos”. Como, entretanto, a procura no hotel também tem vindo a aumentar, afirma que “este resort vai ter um sucesso brutal”.
Uma das premissas da nova gestão é “o respeito pela região e pela cultura local”, explicou o director. Daí que 85% dos 110 colaboradores do Campo Real sejam da região. O projecto sustenta ainda mais cerca de 200 postos de trabalho indirectos.
Para dinamizar este Verão, o hotel tem vindo a realizar buffets e menus temáticos, festas com música ao vivo, DJ sets e barbecues. Têm também sido convidados produtores vinícolas e enólogos para a apresentação de menus vínicos.
Segundo Francisco de Sousa, a ideia é proporcionar um “cruzeiro em terra” aos hóspedes e aos visitantes do resort. Tal como num navio de cruzeiro, a ideia é que as pessoas desfrutem dentro do Campo Real com a animação, gastronomia, SPA e outras actividades.
O complexo dispõe de três restaurantes, três bares, um campo de golfe, um picadeiro, duas piscinas exteriores e uma interior climatizada, um ginásio e dois campos de ténis.

Carlos Cipriano
cc@gazetadascaldas.pt

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