Hotéis das Caldas e Óbidos tiveram ocupação média próxima dos 90% no mês de Agosto

0
1098
hotéis no oeste
Em pleno Verão não era fácil conseguir quartos disponíveis nos hotéis da região | DR

O mês de Agosto foi de recordes para a hotelaria a nível nacional, uma tendência acompanhada pelas unidades deste sector nos concelhos das Caldas da Rainha e Óbidos. Dos hotéis cujas taxas de ocupação a Gazeta das Caldas teve acesso, a média foi de 88%, mas houve várias unidades lotadas ou muito próximo disso. O mercado português é o preferencial nas Caldas, mas em Óbidos são os estrangeiros que mais camas ocupam. Espanha foi o país que mais turistas colocou na região, mas o sector beneficia com o regresso do mercado francês.

 

- publicidade -

Os registos médios de ocupação nos hotéis atingiram níveis recorde no país durante o mês de Agosto. No Algarve, habitual barómetro do turismo no território nacional, registou-se uma taxa de 93,1%, um dado que realça o bom comportamento do sector nos concelhos das Caldas e Óbidos.
Das unidades que a Gazeta das Caldas conseguiu contabilizar – cinco nas Caldas da Rainha e seis em Óbidos, incluindo todos os de maior dimensão – os números médios são bastante aproximados, com 88% no conjunto.
Os hotéis das Caldas da Rainha tiveram uma lotação média de 89% e os de Óbidos chegaram aos 88%. Em comum verifica-se uma tendência de crescimento em todas as unidades em que isso foi possível (algumas destas já esgotavam nesta altura do ano).
O hotel Água D’Alma, na Foz do Arelho, foi um dos que esteve próximo da lotação máxima, com 98%. Henrique Correia, um dos responsáveis por aquele equipamento sublinhou que já é habitual o hotel – que antes se chamava Penedo Furado – estar lotado nesta altura. A diferença foi que este ano “continuámos a ter procura mesmo com os quartos todos ocupados”, referiu.
Das cinco unidades que forneceram os seus dados, apenas uma não se aproximou da fasquia dos 90%.
Em Óbidos os números são idênticos. Nenhuma das unidades lotou por completo, embora a Albergaria Josefa D’Óbidos tenha ficado acima dos 95%.
Carlos Martinho, responsável por aquele estabelecimento em plena vila medieval, disse à Gazeta das Caldas que a procura neste Verão foi “a melhor dos últimos 10 anos”.
Quase todas as unidades hoteleiras registaram acima dos 90% de camas ocupadas e mesmo as que não atingiram esses valores cresceram a cerca de 5% relativamente a 2015. Nenhum dos estabelecimentos teve mais de 25% de camas por ocupar.

PORTUGUESES NAS CALDAS, ESTRANGEIROS EM ÓBIDOS

Se os números de ocupação média são idênticos nos concelhos das Caldas da Rainha e Óbidos, são diametralmente opostos quando se trata da nacionalidade dos clientes.
Nas Caldas a maioria dos clientes são portugueses e apenas no Hotel Cristal há equilíbrio entre portugueses e estrangeiros. Já no Sana Silver Coast apenas 15% dos clientes eram estrangeiros. Apesar de não ser possível calcular uma média precisa, a relação entre portugueses e estrangeiros nos hotéis caldenses rondará os 70%.
Já no concelho de Óbidos a relação é precisamente a inversa: os portugueses ocuparam apenas 36% das camas disponíveis. Nas duas unidades de cinco estrelas do concelho, os portugueses não chegam a representar 25% das dormidas. Em Óbidos apenas o Vila D’Óbidos teve mais portugueses que estrangeiros e na unidade de turismo rural Casa da Eira Branca os números foram equilibrados.
Se há diferença nos dois concelhos na relação entre portugueses e estrangeiros, a origem destes últimos segue o mesmo padrão.
Espanha é o principal mercado para a hotelaria da região, seguida da Alemanha, França e Brasil.
Carlos Martinho, que ainda recentemente era dirigente da Óbidos.com, realça o crescimento do mercado brasileiro, que classifica como “promissor”, e também o francês. “Felizmente os turistas franceses estão a regressar”, observa. É que o turismo nos países francófonos do norte de África foi-se abaixo com a ameaça terrorista e os franceses optaram agora por outros destinos. Portugal acabou por ser beneficiado.
De resto, muitas das unidades destacam o crescimento do mercado francês e brasileiro. O responsável pela Albergaria Josefa D’Óbidos acrescenta que, para além do regresso dos turistas franceses, se estão a abrir vários mercados que não eram habituais, como Israel e República Checa, o que se pode justificar pelos conflitos nos países do norte de África e Médio Oriente. Portugal continua a “vender-se” bem enquanto destino seguro.

- publicidade -