Foi no interior da empresa Estores Rainha, que existe desde 1977 nas Caldas da Rainha, que surgiu a Habitarmos – Home Solutions, que se dedica desde o ano passado à comercialização de pavimentos flutuantes e revestimentos para edifícios e espaços exteriores.
A Habitarmos é importadora e distribuidora a nível nacional de conceituadas marcas internacionais como a Balterio (pavimento flutuante laminado), a Par-ky (pavimento flutuante de folha de madeira) e a T.F.D. (soalhos vinílicos).
“Nós fazemos a promoção dessas marcas a nível nacional e distribuímos pelos diversos revendedores”, explicou Óscar Carvalho, que é filho de Armindo Carvalho, fundador da Estores Rainha, Materiais de Construção, Lda.
O nome da empresa mãe foi a principal razão pela qual pai e filho decidiram criar uma segunda firma, no qual ambos são sócios. Embora já trabalhassem com os pavimentos e revestimentos, o nome Estores Rainha trazia alguma confusão e dava a entender que estavam mais vocacionados para os estores.
“As duas empresas têm agora um espaço bem definido”, adiantou Óscar Carvalho. A primeira, que tem um capital social de 200 mil euros, dedica-se inteiramente aos estores (interiores e exteriores) e a Habitarmos (capital social de 150 mil euros) tem uma maior abrangência de produtos. “Cada uma seguiu o seu caminho, mas trabalham de braço dado”, disse ainda o empresário. Até porque partilham o mesmo edifício na estrada de Tornada, onde funcionam as sedes, o espaço comercial e o armazém, criando assim várias sinergias.
Desde Agosto de 2009 que as duas empresas têm instalações em Lisboa, mas só há cerca de um ano é que abriram o espaço ao público. Antes disso era um local onde tinham alguns produtos para serem vistos por arquitectos, promotores imobiliários e aplicadores, entre outros profissionais da área, evitando com isso que tivessem que se deslocar às Caldas da Rainha.
O “show room” da Habitarmos está agora de porta aberta, embora não seja uma loja porque as vendas não são efectuadas no local. Este verão a área da exposição foi aumentada e passou a ter também soluções de estores.
Para o próximo ano está também prevista a abertura de outro estabelecimento no norte do país, onde têm muitos clientes.
Com a construção nova praticamente estagnada, as empresas de acabamentos estão agora a apostar mais em nichos de mercado como a reconstrução e, principalmente, a renovação de casas.
“Obviamente que a crise também nos toca, mas o que temos de fazer é correr um pouco mais e procurar novos mercados, novos produtos e novos clientes”, afirmou Óscar Carvalho.
Outra preocupação que comungam com o resto do país é conseguir receber o que vendem e os serviços prestados. “Tivemos que arranjar alguns mecanismos de forma a limitar ao máximo as situações de incumprimento”, revelou o empresário.
Na sua opinião, o facto das empresas nacionais estarem muito dependentes das importações acabará por obrigá-las a alterar o procedimento que era comum de fazer vendas com pagamentos com prazos longos. “Muitas vezes não eram os bancos a financiar as empresas de construção, mas sim os próprios fornecedores de materiais”, lembrou. Como quem importa tem de ter capacidade de pagar no momento da compra, isso terá que acontecer também no mercado interno.
Actualmente trabalham mais com revendedores (75 pontos de venda em todo o país) do que com construtores ou particulares. No entanto, acabam sempre por prestar o serviço de colocação ao cliente final, contando com isso com uma rede nacional de equipas de aplicadores profissionais, que trabalham ao serviço. Nas Caldas da Rainha as duas empresas têm 14 funcionários.
Os responsáveis não quiseram revelar o volumes de negócios das duas empresas.






























