GSD Dental Clinics nasceu nas Caldas há 12 anos e prepara expansão para Londres

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Gazeta das Caldas

Goncalo_DiasIIO Grupo GSD Dental Clinics – na Rua Heróis da Grande Guerra, no edifício do Pingo Doce – está a comemorar 12 anos nas Caldas da Rainha e os motivos para celebrar não se esgotam no aniversário. A empresa, hoje sediada em Lisboa e que é uma referência a nível nacional em implantologia, está a ultimar uma patente nessa área e prevê internacionalizar-se em 2016, com a abertura de uma clínica em Londres.

Gonçalo Dias, director da GSD, começou sozinho nas Caldas da Rainha há 12 anos. Hoje tem a seu cargo cinco clínicas (Caldas, Peniche, Torres Vedras, Lisboa e Seixal) e 40 colaboradores. “Posicionamo-nos num mercado em que a complexidade dos tratamentos é muito elevada e o facto de as pessoas nos escolherem para estes trabalhos é reconhecedor do nosso trabalho”, conta.
O grupo teve em 2015 um ano particularmente positivo. Depois de em 2014 ter investido cerca de 200 mil euros na clínica das Caldas, abriu novas instalações em Torres Vedras e Lisboa, que passou a ser a sede, e modernizou e ampliou a clínica de Peniche.
A empresa, que em 2014 teve uma facturação recorde de 1,5 milhões de euros, tem crescido também a este nível, em franco contraciclo com o sector. “Estima-se que em 2011 e 2012 o sector quebrou cerca 20 a 25%, mas nós estamos a crescer nos últimos quatro anos a um ritmo médio de 25% ao ano”, realça Gonçalo Dias.
O sucesso conduz à expansão. As possibilidades são várias, mas o próximo passo é a internacionalização. Londres será a escolha. O médico dentista e empresário realça que a qualidade média do tratamento dos casos complexos (área em que o grupo tem grandes vantagens comparativas) é “relativamente baixa” no mercado inglês e a GSD pode “aportar um valor acrescentado”.
A entrada no mercado inglês deverá ser feita em parceria, com a aquisição de uma clínica local que será “formatada com os nossos padrões de qualidade”, observa. Isso implica que os médicos dessa nova clínica, na maioria ingleses, recebam formação na academia que a empresa tem desde 2006 e cujos formandos já são em 90% ingleses.
A exportação de serviços não se esgota, contudo, na internacionalização. A GSD pretende tirar partido do potencial do turismo de saúde oral, com o lançamento da plataforma digital GSD Dental Holidays (holidays.gsd-dentalclinics.com), com parcerias com operadores turísticos. O principal mercado é também o inglês, de onde saem cerca de 30 mil pessoas por ano à procura de cuidados de saúde oral. Hungria e Polónia são exemplos da exploração deste potencial, mas a GSD pretende conjugar a qualidade do serviço ao produto turístico que é Lisboa e preços interessantes para captar parte desse mercado.

Patente em fase de conclusão

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Gonçalo Dias é um reconhecido especialista em implantologia, que se tem também dedicado à investigação nesta área. Um dos resultados desses estudos é um aparelho que já tem uma patente provisória e que está em fase de conclusão, podendo passar a definitiva já em 2016.
Trata-se de um dispositivo protético que “permite optimizar a cicatrização em torno dos implantes de um modo mais rápido e simples”, explica o médico dentista.
O desenvolvimento tecnológico na medicina dentária tem dado grandes passos nos últimos anos e a GSD orgulha-se de estar na linha da frente. “É desafiador sermos capazes de irmos acompanhando esta mudança constante”, diz Gonçalo Dias. A empresa trabalha com tecnologia como TAC (Tomografia Axial Computorizada), factores de crescimento (que estimulam a proliferação e manutenção das células) e CADCAM (uma máquina que reproduz implantes projectados em 3D), “coisas que há uns anos eram impensáveis”, refere.
Essa é também uma das razões para ter uma equipa multidisciplinar, o que é uma das mais-valias do grupo. “O médico dentista de hoje, com o desenvolvimento tecnológico das diferentes áreas, não pode atender a todos os tipos de tratamento com a mesma qualidade e trabalhando em equipa podemos garantir essa qualidade”, sustenta.
Nas Caldas da Rainha a GSD tem uma equipa de 12 pessoas, oito médicos e quatro assistentes. Já assistiu mais de 4000 pacientes e realizou cerca de 2000 cirurgias para colocação de implantes.
A política da empresa é ter clínicas pequenas, de dois a cinco gabinetes, de modo a ter um atendimento personalizado e que transmita confiança aos clientes.
Gonçalo Dias diz que não foi só em termos tecnológicos que a medicina dentária evolui nos últimos anos pois também a experiência do paciente melhorou de forma significativa. “Há sempre um pequeno desconforto, mas as técnicas de anestesia e de tratamento nada têm a ver com as do passado e mesmo para as crianças vir a uma consulta de controlo é como uma ida a qualquer outro local”, nota o médico dentista.
De qualquer modo, o fundamental para ter uma boa experiência é a prevenção, com uma visita ao dentista a cada seis meses. “Isso faz com que o tratamento de algo que surja é simples e os tratamentos também serão mais acessíveis do que quando se deixam os problemas avançar”, explica o especialista.
Hoje cerca de 35% dos pacientes da GSD são de manutenção, “o que nos deixa felizes”, refere, mas o ideal era que toda a gente o pudesse fazer.

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