A Comissão Europeia aprovou no início desta semana o pedido de atribuição de Indicação Geográfica Protegida à ginja de Óbidos e Alcobaça. No Jornal Oficial da União Europeia, a ginja é descrita como “um pequeno fruto da família das cerejas, contendo uma forte concentração de açúcares e de ácidos”. É cultivada na região que se estende entre a Serra dos Candeeiros e o Oceano Atlântico, compreendendo os concelhos de Óbidos, Alcobaça, Nazaré, Caldas da Rainha, Bombarral e Cadaval. Entre as suas numerosas utilizações estão os licores, chás e doçaria.
Contactado pela Gazeta das Caldas, o presidente da Câmara de Óbidos, Humberto Marques, diz que a atribuição desta “região demarcada” à produção da ginja local representa um momento de regozijo para a região e o culminar de um longo processo. O autarca destaca que o facto de ser uma indicação europeia dá-lhe “um carácter mais global e vai potenciar a ginja a nível externo”.
Está confiante que mais produtores possam ver aqui uma oportunidade, mas adianta que esta distinção também obriga a que sejam seguidas algumas regras.
A Câmara de Óbidos, em conjunto com a secção de ginja que integra a Associação de Produtores da Maçã de Alcobaça, já apresentou uma proposta preliminar também para a defesa do licor de ginja.
Os produtores que estão fora da União Europeia também podem submeter os pedidos de registo de nome dos produtos, desde que estejam ligados a uma área geográfica delimitada. Foi o caso da República Dominicana que obteve, pela primeira vez e no mesmo dia da ginja, uma protecção de indicação geográfica com o “Café de Valdesia”.































