Partilha entre empresas e com entidades públicas e de ensino podem criar escala e melhorar capacidade de resposta às exigências dos mercados
O auditório da Expoeste recebeu no passado dia 2 de junho o Business Summit Oeste, uma organização conjunta da Mais Negócios e da AIRO – Associação Empresarial da Região Oeste, no qual se concluiu que, para impulsionar o futuro para as empresas da região é necessário maior agilidade nas decisões, trabalho em rede, adaptação às novas tecnologias e valorização do design.
Luís Abreu, diretor nacional da rede Mais Negócio, ressaltou a importância do networking para potencializar os negócios e fortalecer as economias locais. “O networking é essencial a qualquer empresa”, afirmou, destacando a rede de contactos que se gera e que permite escalar os negócios e alavancar as economias locais através de “parcerias estratégicas”. O dirigente enfatizou a necessidade de entidades como associações empresariais e autarquias trabalharem em conjunto para auxiliar os empresários.
Neste âmbito Vítor Marques, presidente da Câmara das Caldas, falou do que é a estratégia do município para apoiar a economia. O autarca referiu que o município está a trabalhar para gerar “conhecimento” que vai ajudar futuramente à toma de decisões e “ter melhor capacitação para responder aos munícipes e a quem quer investir”.
Vítor Marques também destacou a importância do trabalho em rede de ter “parcerias especializadas em determinadas matérias”, como entidades como a AIRO, para melhorar a capacidade de resposta às necessidades presentes e futuras.
Melhorar as perspetivas futuras da economia local passa também por ter maior capacidade de resposta entre organismos públicos e privados, apontaram Vítor Marques e Jorge Barosa, presidente da AIRO. O dirigente disse que a OesteCIM também tem um papel importante a desempenhar neste âmbito, nomeadamente na discussão do que são as áreas de negócio nas quais há maior necessidade de investimento na região.
A associação quer ainda zonas industriais “com maiores dimensões”, de modo a atrair empresas de maiores dimensões, porque “a sustentabilidade também passa por ter indústrias mais robustas”, referiu.
Jorge Barosa demonstrou, ainda, alguma preocupação com o setor do alojamento local. “Não sabemos o que os políticos vão decidir sobre este tema, que é muito complexo”, alertou, lembrando que há cerca de 2000 empresas neste ramo, numa região em que o turismo é determinante.
Para alavancar os negócios no futuro, o presidente da AIRO disse que as empresas têm que “trabalhar mais com as universidades” da região, nas quais falta apostar no setor das engenharias, “no qual há muita falta”.
João Santos, diretor Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (ESAD.CR), afirmou que a escola tem essa capacidade de integração de desafios empresariais nos programas de ensino, preparando os estudantes para o mundo do trabalho. O diretor sublinhou a necessidade de valorizar o design “como um processo de criação de valor e riqueza”, e a importância de promover a colaboração entre indústria e estudantes, facilitada pela Design Factory da ESAD.CR, localizada nas Caldas da Rainha, onde as empresas apresentam seus desafios e os alunos da ESAD e da ESTM trabalham em conjunto para encontrar soluções inovadoras.
Outra iniciativa da escola de artes caldense nesta área responde “a uma necessidade urgente de cursos de curta duração nas áreas de sustentabilidade e design, com créditos de upskilling e reskilling para atender às necessidades da região”, adiantou João Santos.
O diretor expressou ainda o desejo das Caldas da Rainha se tornar uma referência na formação de profissionais nas artes digitais, algo que poderia “criar valor e atrair talentos”.
No evento, os empresários presentes tiveram uma apresentação da ferramenta CR Inove, que aproxima a academia das empresas, e conheceram benefícios fiscais. Os trabalhos incluíram sessões de speed networking. ■































