Foi há 25 anos que Fernando Carreira decidiu fixar o seu negócio floral na Travessa Cova da Onça. “O meu pai sempre teve uma grande paixão pelas flores. Teve várias estufas, desde plantas a flores naturais. Entretanto, como o negócio estava a crescer, decidiu abrir um espaço para parte floral” conta Márcio Carreira, que agora gere a loja com a sua mãe, Helena, depois de Fernando ter falecido há cerca de 15 anos.
Até então, o negócio passava pela venda de flores na Praça da Fruta. O empresário abriu outra loja no Bombarral, juntamente com a das Caldas da Rainha, embora a primeira já tenha fechado.
Actualmente, a Dona Flor continua presente na Praça da Fruta aos fins-de-semana, bem como na loja durante a semana. Porém, será que em tempo de crise as pessoas ainda compram flores?
“Não está na lista de prioridades das pessoas, mas como os preços são mais ou menos convidativos, ainda há gente a comprar flores, ainda que não seja na quantidade que gostariam de comprar” explica Márcio. Das flores que vendem, a mais barata é a gerbera, a 0,40 euros a unidade, enquanto a mais cara é uma flor mais exótica, a proteia, que pode custar até oito euros. Durante o Inverno, a Dona Flor traz as suas flores da Holanda e da Madeira, onde há uma produção significativa nos meses frios. No resto do ano, a grande parte da mercadoria é proveniente do Montijo e da zona Oeste.
Contudo, a venda ao público é apenas uma parte dos serviços que a Dona Flor oferece. “Decoramos quintas, restaurantes, carros, até a casa das pessoas se for preciso” diz Márcio. Com este tipo de serviço personalizado, surgem por vezes pedidos fora do comum. “Veio um senhor que comprou 120 rosas para a namorada, para simbolizar o número de dias que estavam juntos. Mas para ser sincero, ultimamente os mais estranhos têm sido os clientes homossexuais para os casamentos. São muito mais exigentes, quer nas cores, no tipo de flores, ou no tipo de decoração” explica Márcio Carreira.
Mas os pedidos dos clientes não são a única coisa incomum nesta loja. Márcio Carreira acredita ser “o único florista homem nas Caldas”. Segundo o próprio, que diz ter nascido “no meio das flores, e que daí começou a nascer a paixão”, as pessoas têm alguma curiosidade em ver como trabalha um homem florista, por ser uma profissão maioritariamente operada por mulheres. Márcio fez um curso de arte floral em Lisboa há cinco anos, e pretende continuar com o negócio que o seu pai começou.
A Florista Dona Flor está aberta de segunda à sexta das 9h00 às 19h00 com interrupção para almoço das 13h00 às 14h00. Aos fins-de-semana Márcio e Helena Carreira fazem negócio na Praça da Fruta, das 6h30 às 13h30.
Óscar Morgado
omorgado@gazetadascaldas.pt































Muito legal a notícia!
Adorei!
Beijos