Fábrica Molde coloca 30 dos seus funcionários em lay off este mês

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Trinta dos 82 funcionários da fábrica não vão trabalhar este mês. Administração da Molde culpa a banca

A administração da Molde optou por colocar 30 dos seus trabalhadores em lay off, já a partir deste mês de novembro, tentando desta forma ultrapassar a crise financeira que a empresa passa. Neste caso, o vínculo laboral fica “adormecido”, mantendo o trabalhador o seu posto de trabalho e passando a receber da entidade empregadora uma compensação retributiva mensal igual a dois terços do seu salário normal ilíquido. Mantêm-se também os direitos e as regalias sociais.
A decisão foi confirmada pela administradora, Ana Maria Pacheco que explicou à Gazeta das Caldas que a administração da fábrica decidiu optar por este lay off parcial de modo a “endireitar as contas”. Explica que o problema da fábrica é a banca e acusa os bancos de “não serem parceiros de desenvolvimento das empresas”. O “sufoco financeiro” deve-se à subida “louca” dos juros ao crédito que foi pedido pelas firmas à banca. “Se não pagamos, sujeitamo-nos a ter que fechar….”, disse a responsável.
A lei prevê que o lay off – que consiste na redução temporária dos períodos normais de trabalho ou suspensão dos contratos de trabalho efetuada por iniciativa das empresas – possa durar num prazo máximo de seis meses. Nalguns casos a legislação prevê que se houver uma grave crise, o lay off poderá estender-se até um ano.
“Gostaríamos que encurtar o prazo e retomar a atividade mais cedo….”, disse a administradora que acrescentou que a fábrica Molde está numa situação económica “estável” pois “temos novos clientes e um número crescente de encomendas para a marca própria”.
A unidade industrial caldense vai marcar presença na próxima edição da feira Ambient que terá lugar, em janeiro, na Alemanha. Como tal, a administradora espera que a decisão tomada, apesar de parcial, possa ser temporária. “Queremos poder retomar a atividade o quanto antes. Era bom podermos chamar as pessoas para a normal atividade da fábrica”, afirmou Ana Maria Pacheco. Ainda assim, a subida nas taxas de juro preocupa esta responsável pois deixa esta e muitas empresas que têm empréstimos bancários completamente asfixiados, a nível financeiro. A Molde trabalha para várias marcas internacionais e também apostou na marca própria desde 2019. ■

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