Está aberta a hasta pública para alienação de 21 lotes na ALEB

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A Área de Localização Empresarial da Benedita representou um investimento de 7,5 milhões de euros

Receção das propostas está aberta até ao final do mês. Câmara de Alcobaça também já tem luz verde para ampliar a ZI de Pataias com mais 20 lotes

A Câmara de Alcobaça deu esta segunda-feira início ao processo de hasta pública do primeiro conjunto de lotes disponíveis na Área de Localização Empresarial da Benedita (ALEB). Nesta primeira fase estão à venda 21 lotes para sete áreas de negócio e o processo decorre até final do mês.

“Após vários anos de sucessivas e justas reivindicações dos empresários, a ALEB é agora uma realidade. A maior obra de sempre da Câmara Municipal de Alcobaça – 7,5 milhões de euros de investimento – foi pensada e executada para potenciar os setores mais prevalentes da nossa economia”, afirmou o presidente da Câmara de Alcobaça, Hermínio Rodrigues, numa nota de imprensa emitida pelo município. “A ALEB será, a partir deste momento, uma infraestrutura de referência para toda a região e para todo o país”, acrescentou.

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Localizada na Quinta da Serra, junto ao IC2, na Benedita, a ALEB conta com uma área de 53,7 hectares, dividida em 73 parcelas, que se destinam à instalação de indústria, logística, armazenagem, comércio e serviços.

Nesta primeira fase, estão disponíveis lotes com áreas entre os 1.655,25 e os 20.770,10 metros quadrados, com licitações base entre os 22.180,35 e os 383.472,61 euros.

Os lotes disponibilizados pelo município nesta hasta pública são destinados a empresas que têm atividade principal nos setores da panificação, fabrico de calçado, fabrico de artigos em mármore e outras rochas similares, fabrico de carroçarias, reboques e semirreboques, instalação elétrica, carpintaria e caixilharia e ainda o comércio por grosso.

As propostas serão recebidas, em envelope fechado, até 31 de janeiro e as propostas serão abertas a 14 de fevereiro, dia em que se realizada a hasta pública.

Os compradores ficam obrigados à apresentação dos projetos, cujas obras de construção têm que ser iniciadas até seis meses após a assinatura das escrituras de compra e venda.

Nuno Catita, presidente da Associação Empresarial da Benedita (AEB), considera que este um momento importante para os empresários da região. “Era o passo que faltava. Ainda podemos ter algumas alegações quanto à forma, nomeadamente os critérios do concurso, mas é um passo importante e que os empresários ansiavam”, disse à Gazeta das Caldas.

Entre as críticas ao processo, Nuno Catita aponta a limitação a sete códigos de atividade, “alguns até sem uma preponderância grande, mas foram os escolhidos e esperamos que nas próximas hastas sejam mais alargados”.

O presidente da ALEB lamentou também a demora entre o final das obras de infraestruturação dos terrenos e a abertura da hasta pública, que estava prevista para setembro do ano passado. “Houve alguma falta de informação e os empresários já se estavam a questionar sobre o que se passava, não custava ter explicado porque é que não se iniciava a venda”, disse, acrescentando que, agora que o edital foi publicado, este e os processos futuros possam decorrer com maior celeridade.

“Várias empresas saíram da Benedita por falta de espaço, ainda há pouco tempo uma empresa apostou em Rio Maior e há outras que querem, podem ou tencionam mudar de instalações porque estão limitadas pela falta de espaço”, realçou, acrescentando que a abertura da ALEB é a solução ideal para esses problemas.

Para Maria de Lurdes Pedro, presidente da Junta de Freguesia da Benedita vê com “agrado” o desfecho do processo de criação da ALEB. A autarca prefere apontar ao futuro do que olhar para os atrasos que o processo sofreu no passado. “Foi o tempo necessário para poder ser executado, foi possível agora e vem a tempo para quem precisa neste momento e tiver condições de comprar os lotes”, salientou.

Maria de Lurdes Pedro acredita que se trata de um momento importante para a freguesia e não só. “É o início de uma nova era e esperamos que venha a ser um motor de desenvolvimento para a freguesia e para o Oeste. É esse o objetivo, resolver problemas às empresas que estão com dificuldades de crescimento e atrair novos investimentos”, concluiu.

Zona Industrial de Pataias alargada
Entretanto, também na segunda-feira, o Governo aprovou a desafetação de 32,7 hectares do perímetro florestal da Alva de Pataias, no concelho de Alcobaça, viabilizando o alargamento da zona industrial com mais 20 lotes.

Além destes novos lotes, a decisão permitirá concretizar um investimento de três milhões de euros por parte de uma empresa dinamarquesa, especializada na produção de instrumentos médicos, que prevê criar 500 postos de trabalho. A nova unidade fabril ocupará cerca de 11 hectares.

“Este negócio já está fechado e esperamos que a escritura da venda se concretize este mês ou no próximo”, revelou Hermínio Rodrigues, presidente da Câmara de Alcobaça, em declarações à Lusa. O autarca adiantou que o município irá investir dois milhões de euros em infraestruturas para ampliar a zona industrial, valor que será candidatado a fundos comunitários em fevereiro.

O decreto de desafetação, publicado em Diário da República, prevê como medida compensatória a submissão de 32,72 hectares de terrenos municipais, localizados nas freguesias de Bárrio, Alcobaça e Vestiaria, ao regime florestal parcial.

A ampliação da zona industrial deverá estar concluída num prazo máximo de cinco anos. Caso contrário, o terreno desafetado será reintegrado no perímetro florestal da Alva de Pataias.

Hermínio Rodrigues adiantou ainda que está prevista uma segunda fase de desafetação, elevando a área total a cerca de 53 hectares. ■

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