A Vasco da Cunha – Estudos Projectos SA, a quem a Câmara das Caldas adjudicou a revisão do Plano Director Municipal (PDM) está incontactável e à beira da falência, correndo-se o risco de já não concluir o trabalho para o município.
Da sede da empresa, em Lisboa, ninguém atende os telefones, o mails vêm devolvidos e o próprio site deixou de funcionar. Gazeta das Caldas apurou que a empresa entrou em incumprimento com vários pagamentos e tem pendente em tribunal várias acções de credores, embora ela própria também tenha pendente acções contra os seus devedores.
O nosso jornal tentou contactar a Vasco da Cunha, mas tal não se revelou possível durante as últimas semanas.
Segundo a Câmara das Caldas, o valor total da adjudicação do projecto de revisão do PDM do concelho foi de 72.750 euros mais IVA, tendo já pago aquela empresa o montante de 13.422 euros.
Em Setembro de 2012 foram entregues pela Vasco da Cunha os estudos de caracterização e relatório de definição de âmbito e alcance da avaliação ambiental estratégica, já apreciados pela Comissão de Acompanhamento.
Segundo a autarquia, o prazo previsto para a revisão do PDM, prevê a sua conclusão antes do fim do primeiro semestre de 2014.
Gazeta das Caldas perguntou à Câmara se tem conhecimento de alguma anomalia no relacionamento com a Vasco da Cunha e que contactos regulares tem tido com os seus responsáveis, mas não obteve resposta.
Em declarações ao nosso jornal, em 29/06/2012, Gustavo da Cunha, administrador da empresa e coordenador da equipa que elabora a revisão do PDM caldense, dizia que esperava em breve ouvir todas as forças vivas locais para finalizar o trabalho.
O arquitecto defendia que os perímetros urbanos devem ser diminuídos e não alargados pois os PDMs do futuro devem assentar na recuperação do que já existe no centro das cidades e não na sua expansão. “É preciso é reabilitar as zonas históricas e não fazer mais loteamentos”, disse. C.C.






























