
A Impactwave, uma empresa instalada no Parque Tecnológico de Óbidos (PTO), está a desenvolver o Ultracarpo, que consiste numa aplicação para smartphone (telefones inteligentes), no qual será acoplado um dispositivo de ultrassons, que permitirá aos agricultores fazer o diagnóstico do estado de maturação de um fruto.
Esta aplicação para telemóveis vai permitir aos fruticultores saberem quando a fruta está suficientemente madura para ser colhida, que é determinante na sua capacidade de conservação, resistência ao transporte e no seu tempo de prateleira. Também a percepção da qualidade do fruto por parte do consumidor está dependente desta característica, influenciada pelo teor de açúcares na polpa. O estado de maturação da fruta é normalmente determinado por métodos invasivos, em que é necessário exercer força com uma sonda dinamométrica calibrada, até que a polpa seja perfurada. São estes os métodos que o Ultracarpo pretende simplificar e substituir.
Para além desta valência, passa a ser possível calcular automaticamente o calibre do fruto, bem como o acesso ao histórico e a consulta de dados estatísticos.
O Ultracarpo foi idealizado por Ricardo Cardoso (Impactwave) e Hugo Pires (BRPI) – dois empresários sediados no PTO – e está a ser desenvolvido por uma equipa pluridisciplinar, que envolve dois engenheiros agrónomos, um engenheiro informático, um engenheiro electrotécnico e um designer.
Este projecto já recebeu dois prémios no Concurso de Empreendedorismo Arrisca C, atribuídos pela Sonae e pela IDD – Incubadora D. Dinis, no valor de 3.000 euros e de 1500 euros, respectivamente.
“Mais do que os prémios em si, estas distinções são importantes, na medida em que validam e atestam a credibilidade e viabilidade do Ultracarpo, destacou Ricardo Cardoso à Gazeta das Caldas.
O potencial do projecto tem suscitado interesse de várias entidades, nomeadamente de alguns produtores locais onde já se estabeleceram parcerias para uso de matéria-prima, instalações, equipamento e acesso aos locais de produção, controle e armazenamento.
Ricardo Cardoso adiantou ainda que já possuem dois outros projectos em fase inicial de desenvolvimento, um deles com mais um parceiro na área da bioquímica.
“Cadeira Marsupial” ganha prémio do PTO
O PTO distinguiu este ano a “Cadeira Marsupial”, do designer Diogo Pereira com o prémio Indústrias Criativas, no âmbito do concurso Arrisca C. O jovem empreendedor de Lisboa, que tem a marca “Blue Jungle Studio” ganhou um ano de incubação virtual neste Parque Tecnológico, um prémio no valor de 720 euros.
A “Cadeira Marsupial” é uma peça de design orgânico atractivo que, segundo o seu criador, “fomenta a contemplação da paisagem circundante, símbolo do regresso ao pátio mediterrânico, como local de convívio e espaço de apreciação de estrelas, em oposição ao lazer através das redes sociais digitais”.
A peça foi desenhada com as novas tecnologias de modelação 3D, em que é lida por interface CNC e esculpida através do ficheiro digital. Esta é a primeira peça de uma linha de produtos já em desenvolvimento e que irá contar com o apoio do PTO.
Na edição de 2012, foram 361 os empreendedores que acreditaram nas suas ideias e deram provas da sua capacidade de inovar. Foram apresentados 156 projectos em diversas áreas, como saúde, logística, tecnologias de informação ou gastronomia regional, para prémios que somaram mais de 200 mil euros.






























