Empresa de Alcobaça desenvolveu alternativa vegetal ao ovo

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O ovo vegetal da Plantalicious tem todas as características do ovo de galinha

Produto está em fase final de testes, vai ser produzido no Oeste e deve chegar ao mercado ainda este ano

A Plantalicious, uma empresa que nasceu da investigação conjunta de Mayla Araújo e da empresa alcobacense CFER – Centre for Food Education & Research, está prestes a lançar no mercado uma alternativa ao ovo que é 100% vegetal, mas que replica a textura, o aroma, o sabor e os nutrientes do original.
O conceito deste ovo vegetal nasceu da mente da investigadora brasileira Mayla Araújo, que veio a Portugal para realizar um mestrado em Ciências Gastronómicas. A cadeira de desenvolvimento de produtos foi o que a fez chegar ao contacto com Daniel Abegão e o CFER. “Tínhamos a ideia do ovo vegetal e conseguimos desenvolver esta formulação”, conta a investigadora, num projeto que contou também com o apoio do IAPMEI, através do StartUp Voucher.
A ideia surgiu há perto de cinco anos, mas foi sobretudo no último ano e meio que foi desenvolvida, estando atualmente na fase final dos testes industriais. O objetivo é que seja lançado no mercado no segundo semestre deste ano.
O objetivo deste produto é responder à crescente procura por produtos alternativos de aos de origem animal, sendo que não existia no mercado uma oferta para substituir o ovo. “O que a maioria das pessoas que procuram este tipo de produtos sente falta são produtos de pequeno almoço, como o ovo, ou o queijo, e queremos alcançar essas pessoas”, refere Mayla Araújo. Há um interesse elevado por parte da comunidade vegana, mas a empresa quer fazer chegar igualmente a sua alternativa ao ovo a um público geral.
Nesta primeira fase, o produto substituiu o ovo completo, ou seja, clara e gema juntas, e a sugestão é que replique ovo mexido e omelete para o consumidor final, mas também tem aplicação para clientes industriais, nomeadamente a indústria panificadora e confeiteira.
Este ovo vegetal também pretende apelar aos consumidores por ser um produto sem qualquer tipo de corantes ou conservantes, preservando a sustentabilidade.
Ao mesmo tempo que conclui a fase de testes, a Plantalicious, que vai ser responsável pela comercialização do produto, está igualmente a desenvolver a marca, “que pretendemos que tenha uma imagem forte e faça a ponte com os produtos à base de plantas”, refere Daniel Abegão, responsável pela CFER.
Já a produção, será entregue a uma empresa parceira. “À partida será uma empresa do Oeste, que tem uma forma de estar alinhada com a nossa. Queremos privilegiar as empresas e valorizar o tecido económico locais”, acrescenta o empreendedor.
No horizonte futuro da empresa está também replicar o ovo estrelado, com a clara e gema separadas. ■

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