Empresa aposta na observação de aves como oferta turística

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notícias das CaldasUma empresa caldense está a prestar um novo serviço turístico na área da observação de aves na região, para o qual conta com guias especializados e meios informáticos de nova geração.
Depois do projecto “Rainhas Bike Sharing” (partilha de bicicletas), a empresa Turn in Green aposta no “birdwatching” (observação de aves) enquanto experiência na natureza para turistas estrangeiros e nacionais, para o qual foi criada a marca “Birdwest”.

O proprietário da Turn in Green, Jorge Rocha, destacou que o serviço que estão a prestar conta com a colaboração de outras empresas e entidades da região numa lógica de parcerias. Por outro lado, querem também ter um elo de ligação com as escolas de formação e ensino, que desenvolvam trabalhos nesta área.
Em conjunto com outra empresa caldense, a Makewise, está a desenvolvida uma aplicação para “smartphones” dedicada à observação de aves, com um manancial de informações. “Qualquer pessoa com o seu telemóvel pode fotografar uma ave ou captar um som e depois poder identificá-la através de uma base de dados”, explicou Jorge Rocha.
A aplicação irá estar à venda através das lojas online das principais marcas de sistemas operativos de telemóveis, passando a estar disponível para milhões de utilizadores em todo o mundo.
Há ainda uma componente de responsabilidade social neste projecto. Uma percentagem das receitas obtidas com as observações de campo e a comercialização da aplicação para telemóveis será investida na melhoraria das condições de observação nalguns dos locais da Região Oeste.

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Um produto complementar às outras ofertas existentes na região

Na cerimónia de apresentação, a 22 de Junho, o presidente do Turismo do Oeste, António Carneiro, achou que a observação de aves é “um excelente complemento para a oferta turística que existe na região”.
Segundo o responsável, a procura turística está a mudar e os visitantes já não querem só o produto sol e praia, que era a oferta que se propagandeava antigamente, como se a região fosse o Algarve. “Andámos durante 30 ou 40 anos a enganar os turistas. Viam praias bonitas e iam para Moledo ou Esposende porque julgavam que o clima era igual ao de Albufeira”, comentou.
Só a partir dos anos 90 é que se começou a encarar o turismo de outra forma, ao mesmo tempo que surgiram também novas gerações que dão valor ao turismo da natureza.
“Nós estamos sempre dependentes daquilo que o mercado quer comprar e há estudos credíveis que apontam para o crescimento de alguns produtos que habitualmente não são considerados maiores”, como é o caso do turismo da natureza.
Jorge Rocha prefere dizer que a sua empresa proporciona experiências, mais do que um produto turístico.

Doze locais de observação de aves no Oeste

A comercialização deste serviço será feita a partir do site www.birdwest.com, onde estarão disponíveis as reservas online, mas também através de parcerias com empresas da hotelaria e restauração da região. Estão também associados à Caixa Geral de Depósitos, enquanto parceiros da iniciativa “Vantagens Caixa” (www.vantagens caixa.pt), o que permite a aquisição deste serviço com descontos para os clientes desta instituição bancária.
A empresa irá ter a sua sede, que actualmente está no centro de incubação de empresas das Caldas, na Amoreira, perto da Lagoa de Óbidos.
As observações de campo fazem-se em pequenos grupos, com um máximo de oito pessoas, e as visitas podem ser de períodos de meio dia a três dias. As visitas com grupos de até três pessoas podem custar 80 euros a cada uma, mas se forem grupos maiores o valor desce até aos 20 euros. Para as escolas o preço será mais baixo.
Em toda a região Oeste existem cerca de 12 locais, de Peniche à Serra de Aires e Candeeiros, onde podem ser realizadas as observações e os pacotes podem ser feitos à medida de cada um dos grupos. “Só numa manhã poderão ser observadas cerca de 50 aves”, referiu o empresário.
Segundo Helder Cardoso, director técnico da Birdwest, durante o verão as zonas de montanha e floresta são as mais interessantes para encontrar aves. As zonas de caniçais, como o Paul de Tornada, também acolhem pequenas aves que vêm de África para reproduzir. Na Lagoa de Óbidos o período mais rico é o Inverno, porque acolhe muitas aves invernantes.
“Esta é uma experiência que pode ser experimentada por qualquer pessoa e não apenas os turistas. Em qualquer altura é possível de fazer um passeio pela natureza, acompanhado de um guia especializado”, destacou Jorge Horta.

 

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