Empreendimento turístico no Brasil apresentado no Parque Tecnológico de Óbidos

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O Parque Tecnológico de Óbidos (PTO) foi palco do lançamento em Portugal do projecto Vista Lagoa, um empreendimento turístico de 30 hectares em Maceió (Brasil), cujo processo de internacionalização está a cargo de duas empresas instaladas neste parque.
Miguel Silveste, director do PTO, destaca que o projecto do Parque pretende ser cada vez mais transversal e que as empresas ali instaladas tenham uma visão mais global de outros sectores da economia e de outras oportunidades.

O projecto imobiliário Vista Lagoa, que representa um investimento entre os 15 e os 17 milhões euros, será construído em Maceió, capital do estado de Alagoas, no nordeste brasileiro. A sua apresentação em Portugal teve lugar no PTO, tendo em conta que o seu processo de internacionalização está a cargo de duas empresas sediadas nos edifícios centrais, a Next Opinion, especialista em integração e implementação de soluções em gestão empresarial e transformação digital, e a consultora Núcleo Inicial.
Nuno Mendonça, responsável pela Núcleo Inicial, destacou que o mercado imobiliário tem vindo a recuperar e que há uma procura significativa por parte dos investidores do sul pelo nordeste brasileiro. Para além disso, a partir de Junho, a TAP passará a ter voos directos semanais de Lisboa para Maceió, o que “abrirá o mercado a Lisboa e a outros mercados internacionais”, acredita o responsável.
Nuno Mendonça considera tratar-se de uma “boa proposta de valor. É um bom preço, com elevadíssima qualidade da construção e áreas circundantes”. A conclusão do projecto está prevista para inícios de 2022.
Miguel Silvestre, director do PTO, salienta que, na sequência das missões feitas ao Brasil, este parque tem procurado ajudar a “fazer a ponte de empresas portuguesas que queiram investir no Brasil, assim como o contrário”. Nesse sentido, procuram não apenas selecionar as áreas onde o Parque trabalha, muito centrado nas empresas de base tecnológica, mas também noutros sectores de actividade económica, para as “nossas empresas perceberem que há oportunidades de investimento no Brasil e que pode haver interesse fazer esta ligação”.
Reconhece que o mercado português já esteve mais interessado em Alagoas do que está neste momento mas acredita que vai recuperar. “Nos últimos anos os portugueses afastaram-se um pouco de fazer férias no Brasil e até noutras oportunidades de investimento, muito pela situação económica e pela questão da segurança, mas este Estado é dos mais tranquilos”, explicou à Gazeta das Caldas.
Responsáveis do PTO estiveram recentemente em S. Salvador da Baía e Minas Gerais a falar da experiência do Parque e da realidade portuguesa. Miguel Silvestre explica que os empresários querem, de alguma forma, perceber como podem usar Portugal para entrar também na Europa. O responsável considera que ainda há “algum desconhecimento” do que é a realidade brasileira, dando o exemplo da estadia em S. Salvador da Baía onde viu o Cimatec Parque, “um mini MIT no Brasil”.
O PTO está a tentar trazer para Portugal, no próximo ano, “alguns dos exemplos mais interessantes de empresas que conhecemos em vários locais no Brasil, para uma missão”, concluiu.

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