Desemprego inverte tendência de descida e agrava-se no Oeste Norte

Inscritos no Centro de Emprego recuaram a valores de junho de 2021

Os números do desemprego na região sofreram um agravamento no final do ano passado e no início deste, retrocedendo para valores comparáveis aos de junho de 2021, quando o emprego começou a recuperar verdadeiramente da crise provocada pela pandemia.
Em janeiro deste ano, o Centro de Emprego Oeste Norte registou 4.828 inscritos à procura de emprego, mais 3,7% do que no mesmo do ano passado.
Mas se o crescimento homólogo não é considerável, o mesmo não se pode dizer quando alteramos os termos de comparação. Face a dezembro do ano passado, o número de pessoas à procura de emprego na região aumentou 6,1%, e comparando com agosto do ano passado, quando o desemprego atingiu um valor mínimo desde a chegada do coronavírus a Portugal, os números já cresceram 18,6% na região.
Em dezembro, o Centro de Emprego Oeste Norte tinha registados 449 inscritos, menos 279 do que em janeiro deste ano. Em agosto do ano passado, eram 4072 os inscritos, o que significa um aumento de 756 entre agosto e janeiro.
Nos concelhos, os três principais pólos de empregabilidade da região apresentam realidades distintas. Alcobaça, que apresentou números estáveis ao longo de 2022, é o que mais sente a subida homóloga (19%), enquanto Caldas da Rainha voltou aos mesmos valores de janeiro do ano passado, depois de ter descido de forma significativa até agosto. Em Peniche, há uma descida homóloga de 10,5%, mas também com uma inversão da descida acentuada registada até ao verão do ano passado.
Segundo os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional, o desemprego aumentou mais nos homens (5,9%) do que nas mulheres (2,0%) entre janeiro de 2022 e janeiro de 2023. Mesmo assim, continuam a ser mais as mulheres a procurar emprego na região (2694 mulheres e 2134 homens).
Nos grupos etários, há um crescimento acentuado do número de desempregados no grupo dos 25 aos 34 anos (17,2%). Em janeiro do ano passado eram 868 os inscritos deste grupo, face aos 1017 em janeiro deste ano. A subida é menos acentuada nos menores de 25 anos e entre os 35 e os 54. Mesmo assim, em ambos o incremento é superior a 3%. Apenas no grupo acima dos 55 anos há uma descida na variação homóloga, de 4,4%.
A maioria das pessoas à procura de emprego está inscrita há menos de um ano (3603), número que sofreu um aumento de 27,6% em relação a janeiro do ano passado. Já o número de inscritos há mais de um ano recuou 33,2%, é agora de 1225 pessoas.
A esmagadora maioria dos inscritos no centro de emprego (4500), procuram novo trabalho, os restantes 328 procuram primeiro emprego. Ambos os parâmetros subiram de forma idêntica, 3,7% e 3,5%, respetivamente. ■