Foram criadas 850 novas sociedades no primeiro semestre. Construção e comércio foram os setores mais dinâmicos
O primeiro semestre de 2025 revelou-se particularmente dinâmico para a constituição de empresas na região Oeste, que registou 850 novas sociedades, mais 11,1% do que no período homólogo do ano passado. Este crescimento contrasta com o ritmo nacional, onde o aumento foi bem mais moderado, de apenas 1,7%. Também no campo das dissoluções o Oeste apresentou um desempenho positivo, com uma redução de 4,1% face ao período homólogo do ano passado, num enquadramento em que o país como um todo registou menos 6,8% de empresas encerradas. Os números confirmam que a região mantém um ambiente favorável à atividade empresarial, com uma base de empreendedores ativa e um tecido económico em diversificação.
No que respeita aos setores de atividade, a construção foi o mais dinâmico no Oeste, com 150 novas empresas, seguido do comércio (103) e das atividades imobiliárias e de consultoria, ambas com 94 e 92 constituições. O turismo mantém-se relevante, com 94 novas sociedades em alojamento e restauração, refletindo a importância crescente do setor na região. Também se destacam transportes e armazenagem (46) e informação e comunicação (49), sinalizando alguma diversificação para além dos setores tradicionais. Por outro lado, áreas como a indústria transformadora (37) e a agricultura (53) registaram valores mais baixos, mas que ainda assim contribuem para a pluralidade do tecido económico.
Já no campo das dissoluções, comércio e construção lideram os encerramentos, com 41 e 15 casos, respetivamente. Seguem-se atividades imobiliárias (23) e consultoria (19), que são também setores de grande dinamismo na criação de empresas, evidenciando um movimento de renovação constante. O turismo registou 18 dissoluções, equilibrando a vitalidade de novas aberturas com o encerramento de negócios que não resistiram.
Globalmente, os setores ligados a serviços continuam a dominar tanto na criação como na dissolução, o que confirma a centralidade da terciarização na economia do Oeste.
Entre os concelhos, Torres Vedras lidera com 206 novas constituições, ainda que o crescimento tenha sido dos menos expressivos (3%) em comparação com os restantes municípios. Seguem-se Caldas da Rainha, com 132 empresas, e Alcobaça, com 123, ambas com aumentos sólidos. Destaca-se o crescimento das novas empresas nas Caldas, com 14,8%, enquanto em Alcobaça foi de 6%. A Lourinhã (77) e a Nazaré (35) também evidenciaram vitalidade, com subidas de 18,5% e 20,7%. Destaque ainda para Óbidos, que somou 34 novas sociedades, traduzindo-se num expressivo aumento de 41,7%. Pelo contrário, Sobral de Monte Agraço foi o único concelho a registar uma queda acentuada, com apenas 14 novas empresas, menos 48,1% do que em 2024.
Na dissolução, os contrastes concelhios são ainda mais visíveis. Caldas da Rainha reduziu em 25,6% os encerramentos, enquanto Alcobaça e Alenquer registaram subidas de 13,3% e 18,8%. Óbidos apresentou uma das maiores variações positivas, com 57,1% mais dissoluções, ao passo que Sobral de Monte Agraço conseguiu reduzir dois terços das extinções. Globalmente, os dados revelam que os municípios de maior dimensão económica tendem a ter também maior rotação empresarial, mas há exceções marcadas por fortes oscilações conjunturais.































