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Decisão surge no âmbito do processo de fusão de Caixas e encerramento de agências a nível nacional. Contas dos clientes transferidas para as Caldas
O Crédito Agrícola de Caldas da Rainha, Óbidos e Peniche decidiu encerrar a agência das Gaeiras, o que causou descontentamento na população da vila. A Junta de Freguesia das Gaeiras e a Câmara de Óbidos mostraram surpresa pela decisão da instituição bancária e procuram outra instituição que possa oferecer este serviço na localidade.
O Conselho de Administração do Crédito Agrícola de Caldas da Rainha, Óbidos e Peniche explicou à Gazeta que o encerramento da agência surge num contexto nacional de “fusão de algumas Caixas e o encerramento de algumas agências”, no âmbito do processo de consolidação interna.
Segundo a mesma fonte, a deliberação pelo encerramento definitivo da agência das Gaeiras foi tomada atendendo a que a atual rede da instituição bancária permite garantir que a agência mais próxima fique a 5 kms da agência a encerrar.
As contas de depósitos e outros produtos dos clientes baseadas naquele balcão serão transferidos para a agência das Caldas da Rainha, na Rua Coronel Soeiro de Brito, ou para outra da preferência dos clientes. Os dois colaboradores da agência serão integrados dentro da rede.
O Crédito Agrícola acrescentou, ainda, que depois de ter informado a Câmara de Óbidos e a Junta de Freguesia das Gaeiras do cenário de encerramento, prolongou “o mais possível o funcionamento da agência”. Vai ainda manter em funcionamento o ATM, “para mitigar os possíveis transtornos causados à comunidade”, assim como “áreas permanentes de self-service nas agências, atendimento telefónico 24 horas, bem como serviços de banca digital”. A instituição refere, ainda, que continua a ter a maior rede de agências nos 12 concelhos onde exerce a sua atividade.
Câmara de Óbidos e Junta de Freguesia das Gaeiras procuram alternativas
Esta decisão de encerrar a agência das Gaeiras foi acolhida com desagrado pela Câmara de Óbidos e pela Junta de Freguesia das Gaeiras. Num comunicado conjunto, as duas entidades dizem-se “surpreendidas” pela proposta de decisão de encerramento “sob o argumento de que este balcão não era rentável”.
As autarquias realçam que a agência servia “um número muito significativo de população” nas freguesias das Gaeiras e A-dos-Negros e argumentam que o balcão tinha “um potencial de mercado muito superior a muitos outros balcões na pendência da CCAM de Caldas da Rainha, Óbidos e Peniche”, pelo que consideram que aquela entidade deveria ter investido em recursos humanos para penetrar nesse mercado. E acrescentam que já encetaram diligências para que outras entidades bancárias possam abrir um balcão nas Gaeiras. ■
