
A CIOL foi comprada em Maio de 2018 pela Adriano Bandeira Lda, uma empresa beneditense que se dedica à comercialização de bens utilitários e de decoração. No processo de aquisição e modernização da empresa já foram investidos cerca de 300 mil euros e o volume de negócios no último ano subiu e atingiu os 250 mil euros
Foi em Maio de 2018 que a Adriano Bandeira Lda, uma empresa beneditense que se dedica ao comércio de bens utilitários e de decoração avançou para a compra da CIOL.
“A CIOL era nosso fornecedor há vários anos e começou a apresentar dificuldades em entregar mercadoria. A fábrica estava muito debilitada e tinha alguns créditos por regularizar”, recordou o empresário Adriano Bandeira à Gazeta.
“Durante pouco mais de ano e meio estamos a investir em equipamentos e na reparação de máquinas, mas também em novas tecnologias para melhorar a produção em termos qualitativos e quantitativos”, sublinha.
A história da CIOL começou em 1992, no espaço fabril onde havia funcionado a CUREL. A Cutelarias Industriais do Oeste Lda pretendia ser uma empresa que aliasse o saber ancestral da povoação das Relvas (na freguesia de Santa Catarina, Caldas da Rainha) no fabrico de facas à velocidade e perfeição do mundo industrial.
Em 2020, um ano e meio depois da compra, a fábrica vive uma nova vida. A imagem e o logótipo da empresa, os materiais utilizados na fabricação das facas e os próprios processos produtivos foram alterados, assim como as cores dos cabos que apresentam agora tonalidades mais modernas. “Já investimos cerca de 300 mil euros”, revela Adriano Bandeira.
VOLUME DE NEGÓCIOS DE 250 MIL EUROS
No último ano, o volume de negócios da CIOL atingiu os 250 mil euros, um aumento significativa face aos 150 mil euros que estava a facturar anteriormente. “Tinha-se perdido o mercado profissional”, considera o empresário Adriano Bandeira.
A fábrica tem cerca de 200 referências diferentes, sendo que algumas dessas referências têm diferentes cores. Além das facas das linhas profissional, artesanal e de colecção, fabricam também cutelos, espátulas, retalhadoras de azeitonas, escamadores, facas de sapateiro, capadeiras e facas para picar, tanto porco, como também borrego.
As chapas de aço que são utilizadas como lâminas têm entre um e cinco milímetros e vêm de Alemanha e Espanha. Nalguns casos, as chapas são mandadas cortar a laser numa outra fábrica de cutelaria.
“Actualmente, a maior dificuldade é a falta de recursos humanos e a adaptação dos que temos para moldes quantitativos”, sublinha o administrador.
A CIOL emprega hoje 10 funcionários (mais três do que há um ano e meio), que se juntam aos 23 empregados da Adriano Bandeira Lda. O grupo emprega 33 pessoas.
UMA EMPRESA, QUATRO MARCAS
A Adriano Bandeira Lda existe há 33 anos na Benedita e possui cinco marcas próprias: a Bandeira (decoração) foi a primeira, mas a empresa detém também a Fortinox (que trabalha com cutelarias de mesa vindas de Guimarães), a Órbita (com panelas, tachos, frigideiras, etc) e, mais recentemente, a CIOL, “que nem sequer era uma marca registada”.
O grupo beneditense vende a grosso, para todo o país e ilhas e exporta para alguns países africanos e para Espanha. A exportação representa entre 20 a 30% da facturação.
O objectivo ao comprar a CIOL é “aproveitar as sinergias” entre as empresas e, através dessa operação, tornar a Adriano Bandeira também numa empresa industrial, com uma produção própria.
Nesse sentido, são os próprios quatro comerciais da empresa “mãe” que vendem também a marca CIOL, assegurando, assim, sinergias para o grupo.
“De outra forma a CIOL não tinha hipótese de ter quatro vendedores na rua”, nota o empresário que fundou a Adriano Bandeira, que é natural de Coimbra e tem a sua vida ligada à cutelaria.
Ainda jovem foi trabalhar para um armazém de um tio em Lisboa que se dedicava à venda de cutelaria de mesa, até porque a família tinha uma fábrica nas Caldas das Taipas. Foi aí que aprendeu a arte da cutelaria
É no ano de 1975 que Adriano Bandeira se radica na Benedita, para trabalhar numa fábrica de talheres do tio. Por cá ficou e constituiu o próprio grupo, que dá cartas no mercado.






























