
Instalações localizadas no Cintrão foram adquiridas pelo município por 370 mil euros e destinam-se a um complexo de apoio às actividades económicas e empresariais, a uma Área de Localização Empresarial e aos estaleiros e serviços municipais. Os edifícios não serão demolidos, mas adaptados às novas funções. A autarquia conta investir neste projecto 2 milhões de euros, os quais dependem de financiamento comunitário. A calendarização prevista aponta para 2017 e 2018.
A Câmara do Bombarral comprou as antigas instalações da Junta Nacional do Vinho por 370 mil euros à Estamo – Participações Imobiliárias SA, uma empresa da Parpública que detém património desafectado do Estado português, o qual procura vender ou arrendar.
Era o caso destes edifícios da Junta (que mais tarde se chamaria Instituto do Vinho e da Vinha) que estavam sem utilidade há décadas.
Segundo fonte oficial da autarquia bombarralense, o objectivo é requalificar o espaço envolvente àquele património e ali instalar uma Área de Localização Empresarial, um complexo de apoio às actividades económicas e centralizar ali o estaleiro da autarquia e vários serviços municipais.
O investimento total ronda os 2 milhões de euros, mas a autarquia diz que o mesmo será faseado e que prevê receber fundos comunitários do FEDER no âmbito de candidaturas já apresentadas ao Portugal 2020.
A disponibilização desses fundos é que ditará a calendarização deste projecto, mas, segundo a Câmara, o mesmo decorrerá em 2017 e 2018.
A autarquia explica ainda que “as instalações adquiridas permitirão a transferência dos estaleiros municipais, actualmente a funcionar, um na zona industrial e outro inserido na malha urbana da vila”.
A mesma fonte oficial diz que “esta situação vai permitir desocupar terrenos que estão a ser procurados por investidores, sendo que um deles já foi adquirido para a instalação de uma empresa que proporcionará um número considerável de postos de trabalho e outro será colocado em hasta pública, havendo já interessados”.
Estes edifícios foram construídos pela Junta Nacional do Vinho na primeira metade da década de 50 para armazenar vinho dos produtores da região. Nessa altura a Junta funcionava como um entreposto comercial que recebia o vinho feito nas adegas dos agricultores e o encaminhava depois para venda nacional, exportação, ou para destilação. A Junta era também um regulador do Estado que retirava o excesso de produção nos anos em que havia muito vinho e lançava-o no mercado quando havia menos quantidade.
Esta actividade durou até pouco depois da construção (em terrenos mesmo ao lado) da Adega Cooperativa do Bombarral no início da década de 70.
Até meados dos anos 80 a velha Junta ainda funcionou como destilaria e chegou a arrendar os seus depósitos às adegas cooperativas que ali necessitassem de armazenar vinho. Mas depois – e após um curto período em que nos seus escritórios esteve instalada a então Comissão Vitivinícola Regional da Estremadura – as instalações ficaram completamente desafectadas.
Há poucos anos foram assaltadas e desapareceu praticamente todo o cobre que havia na velha destilaria.
A área envolvente tem uma parte em zona de Reserva Ecológica Nacional (REN) e outra urbana. A Câmara diz que, embora os projectos não estejam ainda concluídos, “prevê-se a manutenção e recuperação da generalidade do edificado, com preservação da traça arquitectónica existente, incluindo a torre”.






























