Câmara de Óbidos vai comprar antigas instalações da Coopercaldas

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O imóvel situa-se na freguesia das Gaeiras e é composto por três armazéns e um terreno com 7 mil m2

A Câmara de Óbidos vai avançar com a aquisição do terreno e dos edifícios que pertenciam à antiga Coopercaldas, localizados na freguesia das Gaeiras, por 193 mil euros.
O imóvel – que é um activo do Novo Banco – foi proposto à autarquia obidense por aquele valor e o presidente Humberto Marques decidiu avançar com o negócio ao abrigo da lei 75/2013, que lhe dá competência para adquirir imóveis até 1000 vezes o valor do salário mínimo nacional. O edil explicou, na sessão pública de Câmara do passado dia 18 de Outubro, que caso a Câmara não concretizasse o negócio, o imóvel ficaria acessível a qualquer interessado, pelo mesmo preço, dentro de aproximadamente um mês no portal Casa Pronta (do Ministério da Justiça).
O lote a comprar é constituído por três armazéns, um edifício administrativo, parque de estacionamento e logradouro com uma área total de 10.400 m2, dos quais 3000 m2 cobertos, que tem estado no mercado por um valor próximo dos 880 mil euros (de acordo com um anúncio disponibilizado num portal imobiliário). Humberto Marques disse que o preço pelo qual a autarquia obidense vai adquirir o imóvel – pouco mais de 20% do valor de mercado – se trata de “uma oportunidade para o município”.
O edil referiu que aquela aquisição irá permitir a resolução de diversos problemas. Os armazéns da antiga Coopercaldas encontram-se abandonados e em ruína, têm telhados de amianto e são “albergue para condutas menos próprias”, disse Humberto Marques. Além disso, o seu abandono está a propiciar o crescimento de matos.
A recuperação daquele edificado permitirá alojar os equipamentos que se encontra no antigo quartel dos bombeiros de Óbidos e nos armazéns anexos, que serão demolidos brevemente para ali ser construída a Praça da Criatividade.
Os terrenos são urbanizáveis e encontram-se numa zona nobre da freguesia das Gaeiras, junto às urbanizações da Fonte dos Corações e do Moinho Saloio, acrescentou.
Os vereadores do PS questionaram se a autarquia não poderia der “atacada” por estar a adquirir aquele imóvel a um preço “anormalmente baixo”. Humberto Marques disse ter pensado nessa possibilidade, mas acrescentou que o preço não é definido pela Câmara. “Não se trata de uma negociação”, sublinhou, pelo que pesou mais a possibilidade de “ultrapassar um problema urbanístico”.

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