
O caldense Frederico Contente tinha uma carreira de sucesso a nível internacional no ramo das energias renováveis, mas isso não o preenchia. Apostou há seis anos no trading (mercados financeiros). Hoje tem uma escola, na qual transmite os seus conhecimentos
Foi em 2014 que Frederico Contente mudou radicalmente de vida. O seu percurso pessoal e profissional foi “normal”. Formou-se em engenharias na área das energias renováveis e foi estudar e trabalhar para a Finlândia. Hoje dedica-se ao trading. O sucesso a nível profissional fez com que, aos 29 anos, chegasse a director comercial de uma multinacional finlandesa. “Foi algo a que aspirei, conseguiu, e quando lá cheguei vi que não era bem o que eu queria”, conta.
“Fazia parte de um grupo restrito de pessoas a nível mundial especializadas em transformar lixo em energia. Encontrávamos-nos em todo o lado quando havia conferências”, refere Frederico Contente.
Nós últimos 5 anos nessa actividade tinha feito cerca de 400 voos e passava em média 200 dias fora do país. “Tinha um currículo, uma posição profissional e reconhecimento fantásticos, do dinheiro não me podia queixar, mas vida, não tinha”, recorda. Trabalhava para uma multinacional espanhola quando tomou a decisão de mudar de vida. O interesse pelos mercados financeiros era antigo. Decidiu formar-se como faria para qualquer outra profissão. “Não foi um caminho fácil, foi um caminho de muita persistência e insistência”, sublinha Frederico Contente.
Foram três anos e meio a aprender, a compreender e a aprimorar o trading. Fez formações em 5 centros diferentes, em Espanha, Alemanha e Estados Unidos da América. “O trading é uma coisa que parece fácil, e até é. Mas a dimensão emocional e de experiência necessárias é grande”, sustenta. Frederico Contente diz que ganhar dinheiro na bolsa uma vez é fácil. O difícil é acertar com regularidade suficiente para fazer disso profissão.
“Fui aprender com quem sabia, treinei muito e acabou por dar certo. Hoje trabalho 5 a 8 horas por semana no meu trading e consegui ter o que queria, tempo e liberdade”, afirma.
PARTILHAR EXPERIÊNCIA
Frederico regressou a Portugal, e às Caldas da Rainha, e perante a falta de educação financeira, acabou por abrir, há cerca de um ano, a Steerschool, uma escola independente para o trading. O objectivo foi partilhar o que aprendeu acerca desta actividade.
Passado um ano, já frequentaram os cursos 56 formandos em 5 cursos leccionados nas Caldas da Rainha, Lisboa e Porto.
“Se calhar, nem todos os alunos vão conseguir viver disto, mas podem tirar um rendimento extra, de 10 ou 15% ao ano”, observa. Além do feedback positivo dos alunos, Frederico Contente tem sido contactado pelas grandes corretoras que operaram em Portugal para dar conferências.






























