Caldas mantém-se no top 40 dos concelhos com maior poder de compra do país

0
1044

Concelho assume o topo no Oeste, aproveitando a descida de Sobral de Monte Agraço. Oeste saiu do top 10 entre as sub-regiões do país

Caldas da Rainha é o concelho do Oeste com maior poder de compra, segundo o Estudo do Poder de Compra Concelhio 2021 (EPCC), publicado pelo Instituto Nacional de Estatística. O concelho ocupa o 37º lugar no índice per capita, com um valor (98,06) muito próximo da média nacional, o que representou uma subida de dois lugares em relação ao estudo anterior, publicado em 2019.
Isto significa, em teoria, que se os preços fossem iguais em todo o território nacional, cada caldense teria, em média, 98,06€ por cada 100€ que representam a média nacional, mais 1 cêntimo em relação ao EPCC 2019. Apesar da subida ser residual, não deixa de ter significado, sobretudo porque a maior parte dos concelhos que estão no topo perderam poder de compra. Lisboa (205,62), Porto (154,02) e Oeiras (153,13), perderam 6,4%, 2,4% e 2,2% do poder de compra, respetivamente.
Concelho que também viu reduzir o poder de compra foi Sobral de Monte Agraço, o único do Oeste que tinha ficado à frente das Caldas no EPCC 2019 e que perdeu 6,2% do poder de compra e encerra, agora, o top40.
No Oeste Norte, tal como nas Caldas, os restantes concelhos apresentaram flutuações pouco significativas, sendo a principal a aproximação do Cadaval às restantes, com uma subida de 2,16%. Os índices destes concelhos variam entre os 87,37 de Alcobaça e os 72,36 do Cadaval.
Quanto à concentração do poder de compra, Lisboa lidera com 10,18% do poder de compra nacional. Caldas da Rainha não chega aos 0,5% e surge em 48º do ranking. No Oeste, é Torres Vedras que tem maior concentração do poder de compra (0,74%), enquanto Óbidos tem o valor mais reduzido (0,09%).
Entre as 26 sub-regiões do país, o Oeste ocupa o 11º lugar (perdeu uma posição) com um IpC de 89,77), atrás das vizinhas Região de Leiria (91,98) e Lezíria do Tejo (90,18).
O EPCC avalia, ainda, o Fator de Dinamismo Relativo, que é a capacidade que cada concelho tem para aumentar sazonalmente os índices do poder de compra através dos fluxos turísticos. Neste capítulo, claramente dominado a nível nacional pelos concelhos algarvios, Nazaré e Óbidos surgem também em lugares de destaque a nível nacional, respetivamente em 12º e 13º lugar, as mesmas posições que ocupavam no EPCC 2019. A Nazaré manteve o seu índice (2,048) praticamente inalterado, já Óbidos subiu de 1,752 para 1,920. Peniche surge em 22º no país e Lourinhã ainda está dentro do top40. Estes sãos os únicos concelhos do Oeste com valores positivos nesta avaliação, todos os restantes apresentam um valor negativo.
Para realizar este estudo, o INE considera variantes como o rendimento bruto declarado, os valores das compras, pagamentos de serviços e levantamentos na rede multibanco, o volume de negócios das empresas a retalho e da restauração, os valores de compra e venda de imóveis, entre outros. ■

- publicidade -