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As empresas caldenses exportam mais bens e serviços do que importam, o que é uma boa notícia para a economia local. Em 2013, o concelho vendeu para o estrangeiro 96,5 milhões de euros em bens e serviços e importou 83 milhões de euros, o que dá um saldo positivo de 13,5 milhões.
Os números constam de um trabalho do Jornal de Negócios (28/04/2014) que, com base em estatísticas do INE dá a conhecer o valor das exportações e importações de todos os municípios do país.
Nas Caldas da Rainha terá certamente relevância o peso das exportações de indústrias como a Schaeffler (antiga Rol) a Promol (produção de velas), e empresas de comercialização de frutas, para além das cerâmicas Molde e Rafael Bordalo Pinheiro.
No entanto, ao nível da região o município caldense é muito pouco exportador comparando com gigantes da indústria com é o eixo Marinha Grande – Leiria. Só estes dois concelhos exportam 970 milhões de euros, embora as suas actividades impliquem também grandes quantidades de produtos importados, o que os coloca também nos campeões da importação.
Curiosamente o concelho que tem o saldo da balança comercial (diferença entre a exportação e a importação de bens e serviços) mais positivo é a Marinha Grande. Leiria exporta muito, mas também importa muito.
O terceiro concelho com valores mais elevados é Torres Vedras, mas este tem um saldo muito negativo: a diferença entre aquilo que vende ao estrangeiro e o que compra traduz-se num “prejuízo” de 158 milhões de euros.
Com maior dinamismo ao nível do comércio externo do que as Caldas da Rainha estão ainda os concelhos de Alcobaça e Rio Maior. O primeiro tem um saldo positivo de 81,3 milhões de euros e o segundo um défice de 2,5 milhões de euros, mas resultante de exportações e importações na ordem dos 100 milhões de euros.
No saldo positivo do concelho do Bombarral pesa certamente a exportação de fruta (nomeadamente pêra Rocha), sector que também explicará o sucesso da balança comercial de Alcobaça e Lourinhã.
No entanto, e mesmo sabendo-se que a fruticultura tem também uma grande importância nas exportações do Cadaval e de Óbidos, estes têm um saldo negativo.
Em Peniche as actividades ligadas à pesca e à agricultura explicarão certamente o bom desempenho da sua balança comercial. O concelho importa quase 70 milhões de euros em bens e serviços, mas exporta 112,6 milhões.
Carlos Cipriano
cc@gazetadascaldas.pt
Balança Comercial por concelhos (em milhões de euros)
