Aurora World criada para potenciar a exportação de fruta

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Alguns dos elementos da direção e comerciais da Aurora World

Aumentar a escala, otimizar compras, atingir novos mercados para a comercialização de pera Rocha e maçã é o objetivo da Aurora World, a nova empresa sedeada no Bombarral

A nova empresa, a funcionar há cerca de um mês, é constituída por três diretores da Frutalvor SA (Caldas da Rainha) e três diretores da CPF – Centro de Produção e Comercialização Hortofruticola, Lda (Bombarral). De acordo com José Henriques, um dos gerentes da nova empresa, pretendem com a sua criação aumentar a escala, otimizar compras, atingir novos mercados, bem como homogenizar processos, melhorando a qualidade do serviço. “Pretendemos crescer e dar condições para a fruta ser mais bem vendida, permitindo uma margem maior e, assim, termos capacidade de reinvestir e crescer mais”, concretizou o também produtor frutícola e um dos diretores da Frutalvor.

A CPF é composta por cinco famílias de produtores frutícolas do Bombarral e a Frutalvor integra cerca de 24 produtores associados, essencialmente do concelho das Caldas e também de Óbidos. O ano passado, a produção rondou as 13 mil toneladas em cada uma das empresas, num total de 26 mil toneladas, que depois é vendida em conjunto. “São empresas com um ADN muito semelhante”, referiu José Henriques, explicando ainda que a “produção de pera rocha tem decrescido alguma coisa, fruto de algumas questões de campo, como o problema do fogo bacteriano, e das alterações climáticas”.

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O responsável lembrou que ambas as empresas, que agora se juntaram, já no passado eram parceiras em alguns negócios, nomeadamente de exportação. A fruta é exportada sobretudo para o Brasil, e algum do mercado do Mercosul, bem como para a Alemanha, Inglaterra, França e Marrocos. Há ainda alguma exportação, embora em menor escala, para a Líbia, Romênia, Irlanda e Dubai. “Ganhando escala, podemos efetivamente investir com uma capacidade maior nesses mercados”, destaca o responsável, acrescentando que também querem cimentar os mercados existentes. Nesse sentido, participam nas feiras da especialidade de âmbito internacional, como a Fruit Attraction, que decorre em outubro em Madrid (Espanha), ou a Fruit Logística, que tem lugar em Berlim (Alemanha), em Fevereiro de 2026.

O mercado nacional representa atualmente cerca de 40% da comercialização da fruta, e tem, da parte da empresa “um carinho especial”, reconhecem, expondo os produtos também em certames como o Festival da Pera Rocha, no Bombarral, e na Frutos, nas Caldas da Rainha. “Primeiro o mercado nacional e os nossos consumidores, e primeiro a pera rocha do Oeste e a maçã, obviamente”, concretiza Carla Simões, responsável da gestão e comercial da Aurora World.

Se acordo com a mesma responsável, ao nível da colheita prevêm um ano semelhante a 2024. “Em relação à pera, tem havido alguns problemas sanitários, mas ainda é um bocado incerto o impacto que terá na produção”, explica, acrescentando que já no caso da maçã, a produção está mais estável, também com uma produção semelhante à do ano anterior. “A qualidade é muito boa, as maçãs e as peras têm muito sabor, acho que vai ser um ano bom em termos de qualidade e, em quantidade, semelhante ao ano anterior”, resumiu.

De acordo com Carla Simões, é “preciso agora haver coragem para investir para que não haja quebra de produção, mas é preciso também rentabilidade para se poder investir”. E é esse esforço que a nova empresa se propõe a fazer, ao permitir “criar mais margem ao produto e otimizar processos para conseguirmos recuperar algum preço”, concretizou José Henriques.

A empresa, sedeada no Bombarral, funciona há cerca de um mês
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