Área de Localização Empresarial da Benedita vai ser promovida pela AICEP

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Apesar dos constrangimentos financeiros, a Câmara de Alcobaça não quer abrir mão da Área de Localização Empresarial da Benedita (ALEB), um projecto reclamado há décadas, mas que nunca saiu do papel. E para que a estrutura possa ser uma realidade, o presidente da autarquia, Paulo Inácio, aponta agora baterias na captação de investimento estrangeiro.
“Achamos que só é possível andar com a ALEB do ponto de vista da realidade física se tivermos projectos âncora de investimento privado”, diz o edil. Já em Abril deste ano Paulo Inácio tinha salientado a necessidade de ver a ALEB inscrita como o projecto âncora do distrito de Leiria, uma proposta que fez mesmo chegar ao Ministério da Economia.
Agora, o autarca diz que a AICEP Portugal Global – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal vai promover a ALEB na sua plataforma internacional, “à luz do que acontece já com Sines e pouco mais”, explica. O que se pretende é “utilizar a plataforma da AICEP para nos apresentarmos internacionalmente como local excelente para que investidores estrangeiros possam vir para esta zona”, um passo que diz ser “muito importante” na concretização do projecto.
A ALEB está em fase final de projecto e deverá instalar-se no terreno comprado pela autarquia alcobacense há oito anos por 5,5 milhões de euros (um valor que suscitou então muitas criticas da oposição que o considerou excessivo), localizado entre o IC2 e a Serra dos Candeeiros. Os empresários da Benedita já reclamam este investimento desde os anos 50, exigindo uma estrutura que permitisse às empresas instalarem-se num local próprio, ao invés de se entrançarem na área urbana ou junto do IC2, como acabou por acontecer.
A freguesia perdeu entretanto muitas das empresas que ali nasceram nas décadas de 1980 e 1990, sem que o projecto avançasse. Em 2007 a Associação de Municípios do Oeste decide conferir ao parque empresarial uma dimensão intermunicipal, de forma a facilitar o seu financiamento no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional. A ALEB foi também inscrita no Plano de Acção do Governo para compensar o Oeste pela perda do aeroporto na Ota. De acordo com o Plano de Acção, o projecto iria custar 17 milhões de euros, 70% dos quais garantidos por fundos comunitários, e a obra deveria estar concluída em 2014.
Nenhuma das medidas tomadas até agora levou ao avanço da obra. Paulo Inácio acredita que a resolução para o impasse está no investimento privado, sobretudo no estrangeiro.

Joana Fialho
jfialho@gazetadascaldas.pt

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