
O SANA Silver Coast, como passará a ser conhecido o antigo Hotel Lisbonense será inaugurado em Junho, soube a Gazeta das Caldas junto de fonte oficial da empresa.
Esta unidade hoteleira esteve em promoção na BTL (Bolsa de Turismo de Lisboa) que se realizou no Parque das Nações na semana passada, sendo apresentado como “um hotel histórico” que evoluiu para “uma nova tradição”.
A alteração do nome deveu-se ao facto de todos os hotéis desta cadeia começaram pela marca SANA e não ficar bem a expressão SANA Lisbonense, que poderia até confundir os estrangeiros julgando que este seria em Lisboa. Silver Coast, em contrapartida, remete para a Costa de Prata, situando o hotel junto ao litoral a norte de Lisboa.
Com 88 quartos (dos quais 8 suites), o primeiro quatro estrelas das Caldas da Rainha terá o Restaurante D. João V, o Bar Pelicano e, numa homenagem ao passado – o Café Lisbonense. Espaço que, segundo o folheto promocional, “serão de referência para todos os amantes de qualidade, requinte e tradição”.
O mercado alvo do hotel será heterogéneo, esperando-se o segmento “corporate” (homens de negócios e empresários em trabalho na região), participantes em congressos e seminários nas Caldas, grupos turísticos de passagem que pernoitem nas Caldas e turismo individual, no qual se pode incluir o sub-segmento do golf tendo em conta a oferta de campos que existe na região.
É graças a uma mistura destes segmentos de mercado, que a cadeia SANA espera ter taxas de ocupação razoáveis ao longo de todo o ano.
Habitualmente os hotéis SANA contam com cerca de 40% de clientes portugueses e 20% de espanhóis.
Bruno Carvalho, actual director do SANA Estoril, será o director do caldense SANA Silver Coast.
Apesar de abrir em Junho, o recrutamento do pessoal ainda não está a decorrer. O hotel deverá dar emprego a 35 pessoas.
Esta cadeia de hotéis pertence ao grupo Azinor, que está vocacionado para os mercados africanos e que possui múltiplas áreas de negócio desde a alimentar à construção civil, farmacêutica, telecomunicações, náutica, etc.
No âmbito da hotelaria, o grupo, apesar da crise, está num crescendo ao nível dos negócios. Ainda este ano a cadeia SANA vai abrir dois hotéis em Lisboa, sendo um deles a Torre Vasco da Gama no Parque das Nações (que tem sido comparado, noutra escala, com o projecto do Dubai). Em 2012 abrirá outro hotel nas Amoreiras (Lisboa), estando previsto ainda outro para Luanda.
Neste contexto o Silver Coast é o mais pequeno dos investimentos do grupo no que diz respeito à hotelaria. A empresa não quis divulgar o montante em causa, mas Gazeta das Caldas sabe que, em negociações anteriores com um outro empresário , a FDO (então proprietária do imóvel no âmbito da construção do Vivaci) começou por pedir 8 milhões de euros, tendo descido até aos 4,5 milhões.
Carlos Cipriano
cc@gazetadascaldas.pt
Silver Coast concorrente do Cristal mas não do Caldas Hotel
As opiniões são contrastante. O Hotel Cristal diz que o SANA Silver Coast lhe vai fazer concorrência, mas o Caldas Internacional Hotel diz que não porque são produtos diferentes.
Ana Ferrari, directora do Hotel Cristal não duvida que a nova unidade hoteleira a vai afectar. “É claro que nos faz concorrência”, assume, explicando que, embora o seu hotel tenha feito uma remodelação total há pouco tempo, não deixa de ser um hotel antigo e o efeito novidade levará a que muitas pessoas, sobretudo visitantes individuais, experimentem o SANA.
Já o mercado de grupos, que é determinado pelas agências de viagens deverá manter-se.
A directora diz que 2010 foi um ano em que desceu a taxa de ocupação e o volume de negócios do hotel devido à crise, mas mostrou-se optimista para 2011 pois estão permanentemente a pensar estratégias para captar mais clientes.
O Hotel Cristal emprega uma média de 30 pessoas, embora este número varie entre o Inverno e os meses de Verão.
Já Fernando Lúcio, proprietário do Caldas Internacional Hotel, entende que a reabertura do velho (novo) Lisbonense não o vai afectar em termos concorrenciais “porque é uma unidade hoteleira bastante diferente da nossa”. Basta notar que o Silver Coast será um quatro estrelas e o Caldas Hotel é um três estrelas.
Este último vive muito do mercado dos homens de negócios e comerciais que se deslocam à cidade em trabalho e que mantêm uma taxa de ocupação razoável no hotel durante os dias úteis.
Por outro lado, Fernando Lúcio valoriza o facto do seu estabelecimento ter coisas que o Lisbonense não tem, como, por exemplo, o espaço, um restaurante para 800 pessoas e 450 lugares de estacionamento.
Trabalham neste hotel, segundo o seu proprietário, entre 50 a 60 pessoas.
C.C.
“BTL não tem muito interesse”, diz António Carneiro
A presença da Turismo do Oeste na BTL (Bolsa de Turismo de Lisboa) foi relativamente discreta quando comparada com outras regiões de turismo. Apesar de bem localizada no hall 1 da FIL, o pavilhão oestino não tinha o mesmo brilho nem grandiosidade de outros espaços.
Em 2010 o pavilhão do Oeste custou 45 mil euros, mas este ano ficou-se pelos 35 mil euros, dos quais uma terça parte foi financiada pela CIMOeste com a condição de que cada município oestino estaria representado num mini-balcão.
António Carneiro, presidente da Turismo do Oeste, diz que “a BTL não tem muito interesse” porque deixou de ser uma feira onde se fazia comércio, limitando-se a ser um local de relações públicas e troca de contactos.
Este responsável diz que são bem mais importantes a presença do Oeste em feiras espanholas porque aí são visitados pelo consumidor final, havendo certames em que esgotam os folhetos promocionais. No caso da BTL, a proximidade de Lisboa retira parte do interesse porque a maioria dos visitantes são alfacinhas e estão demasiado perto do Oeste.
C.C.






























