A tradição de modernidade no DS5

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O Citröen DS5 impressiona pelo look futurista

A Citröen, representada nas Caldas da Rainha pela Sacel, lançou a meio deste mês o terceiro membro da família DS, o DS5, uma carrinha desportiva que vem piscar o olho a uma fatia de clientes normalmente apontada às marcas premium alemãs. O DS5 tem uma forte componente vanguardista, bem ao estilo dos tempos em que a genialidade abundava na Citröen dos anos 60, precisamente com o ‘louco’ DS, mais conhecido por boca de sapo.
É do presente, não de história, que se trata, mas é impossível não fazer uma analogia ao antigo DS e aos actuais. O DS5 é, tal como o DS, um carro muito à frente do seu tempo no que a estilo diz respeito e é esse o seu principal trunfo.
O DS5 foi construído com base no C5, é por isso uma carrinha desportiva do Segmento D mas directamente apontada ao público dos premium, que tem como referências o Mercedes Classe C, o BMW Série 3 e o Audi A4.
É também, dos três DS já lançados, o que mais difere do modelo que lhe serviu de base. Enquanto o C5 é conservador, no DS5 os designers tiveram ordem para extravasar, e foi o que fizeram. Linhas extremamente futuristas, talvez o modelo de produção que mais se parece com um acabado de sair do estirador de um projecto que por norma não sai do papel, com uma fluidez de linhas que quase não deixa perceber onde começam e onde acabam. Mas o resultado é brilhante e não deixa ninguém indiferente, principalmente no público-alvo dos jovens executivos, que querem mais emoção nas suas viagens.É assim por fora, é assim por dentro. A Citröen podia ter esgotado toda a criatividade no desenho exterior e manter o interior do C5 para reduzir custos. Mas não é essa a ideia. O estilo futurista acompanha no interior, quer na configuração do tablier em forma de cockpit, quer no desenho e conforto dos bancos, quer em toda a envolvência a bordo. Tudo é novo, tudo é diferente.
E o requinte abunda. Os materiais utilizados são nobres, a qualidade de construção facilmente perceptível. Tudo foi tão pensado ao pormenor que o próprio relógio encaixa no painel central como uma peça de relojoaria de requinte.
É verdade que já sobra pouco para falar de comportamento, mas também não há muito a dizer. O DS5 tem, como o próprio desenho faz transparecer, uma tonificação desportiva, sorvida de toda a experiência da marca na competição. Apesar de parecer algo seco nas irregularidades mais acentuadas, como as lombas, em curva nada parece demover o DS5 do objectivo, contornar a curva como se andasse em linha recta.
O equipamento será outro trunfo em relação à concorrência. Por 45 mil euros tem-se o motor mais musculado e apetecível (2.0 HDi FAP de 163 cavalos) e todo o equipamento disponível, incluindo alguns sistemas como navegação por GPS, Head Up, Controlo de Estabilidade com controlo de tracção inteligente, câmara de visão traseira, sistema sem chave ou ainda o Citröen eTouch, uma linha de emergência que actua, por exemplo, em caso de acidente.
Para além desta motorização, o DS5 poderá ainda equipar com dois motores de 1,6 litros, uma diesel e outra gasolina, e terá também mais para a frente o sistema híbrido Hybrid4. O preço de entrada do 1.6 a gasolina é pouco acima dos 32 mil euros.

Joel Ribeiro

jribeiro@gazetadascaldas.pt

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