“Portugal não vai sentir mudanças positivas nos próximos anos”, diz conselheiro de Estado

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O conselheiro de Estado e presidente da Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS), Vítor Bento, defendeu em Óbidos que o modelo social que Portugal apresenta actualmente “é insustentável”, mas, que “existe uma componente sistémica e que Portugal não é um caso isolado de recessão económica”.
O economista foi o convidado para o debate “Portugal tem futuro – realidade e esperança”, que decorreu no passado dia 11 de Outubro, organizado pela associação empresarial Óbidos.com e pela Associação Cristã de Empresários e Gestores.

De acordo com nota de imprensa da associação, Vítor Bento fez uma reflexão dos últimos 50 anos da história sócio – económica do país, apresentando a década de 60 como uma das de maior progressão. Já na década entre 1985 a 1995 Portugal viveu um bom momento económico, mas sempre numa situação de gastos acima da média.
O economista lembrou que é nesta década, com as taxas de juro a baixar, que se começa a recorrer muito mais aos empréstimos. Mas que como há uma quebra no fluxo migratório e das consequentes receitas dos emigrantes, Portugal começa a pedir dinheiro ao estrangeiro, iniciando-se aqui uma nova fase de endividamento.
Apesar de achar que não se vão sentir mudanças positivas nos próximos anos, Vítor Bento deixou alguma esperança aos presentes, lembrando que sendo esta uma situação a nível mundial, e havendo credores que querem ver o retorno e recebimento dos créditos feitos a Portugal, muito em “breve surgirá uma resolução para o problema”.
No debate participou também o presidente da Óbidos.com, Luís Cajão, para pedir que sejam apresentadas ideias para combater a depressão económica e que ajudem as pessoas a saber comportar-se numa situação de crise. O responsável defendeu ainda que é importante saber “com que “armas” poderão lutar para sobreviver a um momento tão difícil como este que nos é apresentado”.

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