PCP condena retirada de composições de passageiros da Linha do Oeste

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A Direcção de Organização Regional de Leiria (DORLEI) do Partido Comunista Português condena a decisão da CP de retirar de circulação as automotoras “592” que na linha do Oeste serviam os comboios inter-regionais de ligação à linha do Norte e a Coimbra. Tal decisão é um grave passo atrás na melhoria da oferta de transporte público neste troço ferroviário.

Apesar de não serem novas e de serem alugadas à congénere espanhola – num negócio de duvidoso interesse para a CP – a introdução das automotoras “592” foram, ainda assim, um avanço na resposta à necessidade de conferir ao transporte de passageiros na Linha do Oeste maior conforto e qualidade, captando assim mais utentes para o transporte ferroviário no troço entre as Caldas da Rainha e Coimbra.
Aliás, o aumento do número de passageiros na Linha do Oeste verificado nos dois últimos anos – designadamente no troço a norte das Caldas da Rainha – coincidiu com a melhoria dos horários e a introdução das “592”. Só em 2016 foram transportados na Linha do Oeste quase meio milhão de passageiros.
Assim, a DORLEI do PCP não aceita que a CP, para dar resposta aos compromissos contratuais noutro troço ferroviário, prejudique as populações servidas pela Linha do Oeste e ponha em causa o processo de recuperação e modernização da mesma.
Com a saída das “592” da Linha do Oeste, serão as composições “UDD” (construídas nos anos 70 do século passado) que voltarão a assegurar o serviço. Ou seja, ao invés de aumentar o investimento em equipamento circulante de modo a dar resposta às solicitações nas várias linhas ferroviárias, nomeadamente naquelas que ainda não são electrificadas, a CP opta por criar condições para se chegar mais rapidamente a uma situação de exaustão do material circultante, aumentado assim a probabilidade de avarias nas composições.
A DORLEI do PCP questiona igualmente o facto de o projecto de modernização da Linha do Oeste continuar sem sinal de concretização, o que associado à desqualificação agora levada a cabo pela CP poderá pôr de novo em causa este troço ferroviário de estratégica importância económica e social para o Distrito de Leiria, para a Região Oeste e para o desenvolvimento equilibrado do País.
A DORLEI do PCP não desistirá da defesa da Linha do Oeste e da sua modernização e tudo fará para a sua concretização, apelando a autarcas, comissões de defesa, utentes e populações em geral, para que prossigam e intensifiquem a já longa luta nesse sentido.

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A Direcção da Organização Regional de Leiria do PCP

 

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