“Volta a Portugal vai passar pelas Caldas” garantiu Joaquim Gomes

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O director da Volta a Portugal, Joaquim Gomes, anunciou no Museu do Ciclismo que a Volta a Portugal deste ano irá passar pelas Caldas e que terá duas estreias: Pampilhosa da Serra e Miranda do Corvo (que já foram locais de passagem, mas nunca de partida ou chegada). A 92ª edição volta a terminar no Porto, tal como aconteceu há 30 anos.

“A Volta a Portugal este ano vai passar pelas Caldas”, anunciou Joaquim Gomes, director da Volta a Portugal, no lançamento do livro “Primórdios do ciclismo em Portugal”, de Filipe D’Orey Marchand, que decorreu na tarde de 6 de Abril no Museu do Ciclismo.
Trinta anos depois a Volta vai terminar no Porto e na sua 92ª edição tem duas estreias: Pampilhosa da Serra e Miranda do Corvo, que irão ter partida e chegada, o que nunca tinha acontecido (apesar de já ter havido passagens de etapas naqueles locais). “Em 92 anos de Volta é difícil ter uma estreia, mas este ano são duas”, fez notar.
No lançamento do livro, o antigo ciclista, que participou em 18 voltas e ganhou duas, agradeceu ao autor pelo “enorme contributo que o livro dá para a História do Ciclismo”.
“Primórdios do Ciclismo em Portugal” trata, como o nome indica, do início do ciclismo enquanto modalidade desportiva. Remete aos finais do século XIX e centra-se numa personalidade, o avô do autor, José d’Orey. A obra divide-se em duas partes: uma, impressa, que é um tributo e que conta peripécias e corridas do avô do autor e uma segunda, em formato digital, com seis anexos que reúnem o conjunto de toda a informação que o autor reuniu relativa à última década do séc. XIX.
José D’Orey conquistou nas Caldas uma grande vitória, num prémio nas festas da cidade. O rei D. Carlos I promoveu a prova quando lançou a primeira pedra dos Pavilhões do Parque.
Depois, José D’Orey ainda foi correspondente para jornais espanhóis e chegou a criar o seu modelo de bicicleta, abrindo um espaço comercial em Lisboa. Entre as peripécias há um momento curioso: quando quis promover espectáculos e produziu uma corrida entre um ciclista e uma amazona a cavalo chamada Maya Strike. “Correu-lhe bastante mal, porque a senhora caiu e ficou magoada e a actividade dos espectáculos ficou por ali”.

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