
Depois de encerrada durante um mês, a Praça da Fruta reabriu, no passado dia 17 de Abril, na Expoeste, com rigorosas regras sanitárias e de protecção para que esteja garantida a segurança de quem compra e quem vende. Vendedores e clientes mostraram-se satisfeitos com esta solução provisória, que custou à autarquia um investimento de 30 mil euros. Disponibilizadas bicicletas eléctricas para entregas na cidade.
António Francisco, vendedor na Praça da Fruta há 30 anos, não tinha mãos a medir com a venda dos legumes e hortícolas. Embora a entrada seja restrita a 60 compradores no recinto, chegava a haver fila na banca deste vendedor do Olho Marinho, que faz diariamente este mercado.
“Fizeram um trabalho excelente, mas não tem nada a ver com a praça original”, salienta, lembrando que na Praça da República chega a atender 20 clientes em 10 minutos. António Francisco considera que a solução encontrada pela autarquia ajuda a escoar o produto e acredita que se a restauração abrir no prazo de 15 dias será muito benéfico para todos. “E, se todos os restaurantes cá vierem, como iam à praça no centro da cidade, vai ser óptimo”, acrescenta.
Na sequência do encerramento da Praça da Fruta, a 16 de Março, o vendedor tinha arranjado outras formas de venda, através das redes sociais, que irá manter.
Também Adélia Ferreira, dos Casais de Santa Helena (A-dos-Francos), está satisfeita com a nova Praça. “É uma forma de minimizar o prejuízo. É pena não ter sido mais cedo pois, entretanto, as pessoas têm ido ao supermercado”, lamentou à Gazeta a vendedora.
Na manhã da passada sexta-feira, Adélia Ferreira já tinha reencontrado alguns clientes habituais e conta vender várias vezes durante a semana. A vendedora também destaca as regras de higiene implementadas, bem como a facilidade nas cargas e descargas (feitas através das três portas existentes no pavilhão) e o facto de poderem deixar as bancas no local.
Junto à sua banca de flores, Filipa Militão, de viseira colocada, luvas nas mãos e com o gel desinfectante ao lado (tal como todos os outros vendedores), mostra-se agradada com o espaço alternativo. Ela foi, aliás, uma das pessoas que o sugeriu à Câmara.
“Tem estacionamento, carrinhos para as pessoas levarem as compras e uma casa de banho perto, uma coisa que lá em cima não havia. Agora só é preciso que venham os compradores”, já que há muito produto para escoar, nota Filipa Militão, que também vendia no mercado abastecedor e, com o fecho dos cemitérios, viu a maioria dos clientes deixar de comprar flores para revenda.
Já Susana Adrião é da opinião de que a praça deveria manter-se ali, de forma permanente, pois o pavilhão oferece melhores condições. “Fui sempre contra o mercado na Praça da República, porque nos dias de chuva os fregueses não vão e ficamos com a venda toda molhada. Também temos o problema do estacionamento”, realça a vendedora, que reside em Turquel.
No que respeita à higiene, o facto de os vendedores não estarem juntos, também é “muito positivo”, acrescenta Susana Adrião, enquanto vende queijos a Deolinda Matias, uma cliente habitual, que corrobora das suas palavras. “Era tão bom que continuássemos aqui. Temos parque para estacionar o carro, não apanhamos chuva nem vento, há condições de higiene, está tudo muito bem”, opina a caldense, que prefere os produtos da praça aos das grandes superfícies.
Bárbara Marques reside em Peniche e desloca-se semanalmente às Caldas para ir à Praça da Fruta. “Os meus filhos notam logo a diferença se compro noutro lado”, salienta. A jovem gostou de ver o novo mercado diário, lamentando apenas que haja “pessoas que fiquem no meio do corredor a falar, impedindo a passagem com uma distância de segurança”.
MEDIDAS DE SEGURANÇA GARANTIDAS
A nova Praça da Fruta funciona no pavilhão da Expoeste, todos os dias da semana, entre as 08h00 e as 15h30, com rigorosas regras sanitárias e de protecção para que esteja garantida a segurança. Todos os compradores têm que entrar de máscaras e, à entrada, passar os pés por desinfectante. As bancas são as mesmas que os vendedores tinham na Praça da República, mas colocadas com dois metros de distância. Os corredores, com seis metros de largura, asseguram uma circulação desafogada e segura. Os produtos expostos estarão protegidos por uma película. Para evitar que as pessoas coloquem os sacos no chão tam




























