
O presidente da Câmara de Óbidos, Telmo Faria, foi escolhido entre os 100 presidentes da região Centro como representante das autarquias no grupo coordenador que irá definir a estratégia de especialização em áreas de potencial acesso aos fundos comunitários.
“Encaro este desafio como uma enorme responsabilidade, pois trata-se de uma área muito complexa e importante”, disse o autarca, explicando que é necessária esta estratégia (RIS3 – Estratégia de Investigação e Inovação para a Especialização Inteligente) estar definida e aprovada para haver financiamento europeu no próximo quadro comunitário.
A RIS3 funcionará como a “grande Bíblia” que orienta uma estratégia a seguir pela região, assente numa agenda de dinamização económica que pensa o ecossistema da inovação, realçou o autarca à Gazeta das Caldas.
Telmo Faria encara o convite como um reconhecimento do trabalho feito no seu concelho e adianta que a escolha não foi política, até porque se trata de um órgão com uma forte componente técnica, que irá suportar o plano de acção e o plano operacional.
O processo arrancou a 5 de Fevereiro com a escolha do representante dos autarcas e deverá estar concluído até ao final do mês com a escolha dos representantes dos business angels, Conselho Empresarial do Centro, clusters e pólos de competitividade, entidades de ciência e tecnologia e politécnicos, num total de 14 entidades que vão compor o conselho coordenador.
A partir desse momento, os responsáveis irão começar a trabalhar, fazendo uma análise do contexto regional e potencial de inovação, para depois definir o modelo de governação. De acordo com Telmo Faria, a Europa defende uma “quádrupla hélice”, que junta quatro pilares: administração pública, sociedade, empresas e instituições de sistema cientifico e tecnológico.
Para a região Centro o autarca vê como áreas estratégicas a agricultura, turismo e as tecnologias de informação, comunicação e electrónica.
Este novo quadro comunitário terá por objectivos não tanto a feitura de obra, mas o “dar vida” aos equipamentos e infra-estruturas que já foram feitos. “O objectivo é trabalhar mais em conjunto, aprofundar a filosofia de rede e optimizar mais recursos”, disse o autarca.
A RIS3 é justificada pela Comissão Europeia “para recuperar a recessão económica” e, por isso, é necessário “enveredar por um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo”. Pretende, assim, que os países e regiões desenvolvam estratégias de investigação e inovação para a especialização inteligente, de forma a que os fundos estruturais possam ser utilizados mais eficientemente e que as sinergias entre as políticas e os investimentos públicos e privados possam ser intensificadas.






























