O grupo assinala o 35º aniversário com iniciativas on-line: filmes das peças ou um livro de fotografias que guarda momentos das obras levadas ao palco ao longo do seu percurso. A companhia residente tem os salários dos sete colaboradores assegurados, mas as obras da construção da sede voltaram a parar. São reflexos dos dias difíceis em que o sector da cultura se encontra
“Vivemos neste momento com um grande ponto de interrogação….”, assume José Carlos Faria, uma dos responsáveis pelo Teatro da Rainha à Gazeta das Caldas.
A companhia residente caldense manteve os apoios do Ministério da Cultura – através da Direção Geral das Artes – mas, neste momento, e por causa da pandemia, foi necessário “cancelar toda a programação prevista para o primeiro semestre”, contou o actor e encenador.
O grupo ainda conseguiu, in extremis, apresentar a peça “Planeta Vinil”, numa escola de teatro de Sevilha, a 27 de Março. “No dia seguinte, foram cancelados todos os espectáculos”, contou o responsável, explicando que a reposição daquela peça para a infância voltaria a ser apresentada nas Caldas para as escolas. Como to os outros espectáculos, teve que ser cancelada.
Para já, os salários das sete pessoas da companhia “estão assegurados”, mas foi também cancelada a peça que seria apresentada no Parque, no Verão, e que iria contar com a participação da comunidade, à semelhança de outros projectos que se têm realizado anualmente. “A Ilha dos escravos”, de Marivaux, e cujos ensaios deveriam ter início em Abril, foi adiada sine die.
“Tentamos, por agora, dar a conhecer o que foi o nosso trabalho na internet”, disse José Carlos Faria, afirmando que está on-line um filme de 40 minutos sobre o Verão de S. Martinho, assim como o livro de fotografias que reúne o percurso de 35 anos do grupos.
“O teatro é a mais directa das artes, é uma assembleia, uma comunidade de iguais onde não há restrições nem condicionamentos com o público”, afirmou aquele responsável, preocupado com o facto de não existirem condições para realizar espectáculos. “É a negação da prática teatral. O teatro precisa do público como pão para a boca”, disse, acrescentando que por agora tem que se aguardar enquanto o que está em causa é a saúde de todos. No entanto afirma que a arte dramática “precisa de acontecer ao vivo e sem filtros”.
As obras de construção da nova sede do Teatro da Rainha, na Praça da Universidade, foram suspensas também por causa da quarentena. O arranque da obra esteve previsto para Março, após a resolução do problema encontrado com as fundações. O problema já foi solucionado – com a introdução de micro-estacas onde será injectado betão, dando assim estabilidade à estrutura – mas agora “a obra voltou a parar”.
A companhia residente caldense manteve os apoios do Ministério da Cultura – através da Direção Geral das Artes – mas, neste momento, e por causa da pandemia, foi necessário “cancelar toda a programação prevista para o primeiro semestre”, contou o actor e encenador.
O grupo ainda conseguiu, in extremis, apresentar a peça “Planeta Vinil”, numa escola de teatro de Sevilha, a 27 de Março. “No dia seguinte, foram cancelados todos os espectáculos”, contou o responsável, explicando que a reposição daquela peça para a infância voltaria a ser apresentada nas Caldas para as escolas. Como to os outros espectáculos, teve que ser cancelada.
Para já, os salários das sete pessoas da companhia “estão assegurados”, mas foi também cancelada a peça que seria apresentada no Parque, no Verão, e que iria contar com a participação da comunidade, à semelhança de outros projectos que se têm realizado anualmente. “A Ilha dos escravos”, de Marivaux, e cujos ensaios deveriam ter início em Abril, foi adiada sine die.
“Tentamos, por agora, dar a conhecer o que foi o nosso trabalho na internet”, disse José Carlos Faria, afirmando que está on-line um filme de 40 minutos sobre o Verão de S. Martinho, assim como o livro de fotografias que reúne o percurso de 35 anos do grupos.
“O teatro é a mais directa das artes, é uma assembleia, uma comunidade de iguais onde não há restrições nem condicionamentos com o público”, afirmou aquele responsável, preocupado com o facto de não existirem condições para realizar espectáculos. “É a negação da prática teatral. O teatro precisa do público como pão para a boca”, disse, acrescentando que por agora tem que se aguardar enquanto o que está em causa é a saúde de todos. No entanto afirma que a arte dramática “precisa de acontecer ao vivo e sem filtros”.
As obras de construção da nova sede do Teatro da Rainha, na Praça da Universidade, foram suspensas também por causa da quarentena. O arranque da obra esteve previsto para Março, após a resolução do problema encontrado com as fundações. O problema já foi solucionado – com a introdução de micro-estacas onde será injectado betão, dando assim estabilidade à estrutura – mas agora “a obra voltou a parar”.
EDIÇÕES E FILMES ONLINE
Disponível para aquisição on-line, nas páginas da companhia, está o livro que reúne fotografias das muitas peças que o Teatro da Rainha levou à cena. Ao longo dos seus 35 anos de existência, esta companhia fez 86 criações, em resultado de trabalho teatral desenvolvido no Porto, Coimbra, Évora, Lisboa e Caldas, Nazaré, Torres Vedras e em tantos concelhos e freguesias, de norte a sul e às ilhas. Nos Estados Unidos, em Espanha, na Roménia, no Brasil, de algum modo em França e Itália, “em que se aprendeu teatro, a lê-lo e fazê-lo, a amá-lo”, explica nota de imprensa do grupo sobre as iniciativas do seu aniversário.
Este grupo tem vindo a publicar, em edições gráficas cuidadas, algumas das peças que mais marcaram o seu percurso e que melhor testemunham a sua visão do espectáculo encenado.
“São traduções atentas de peças contemporâneas e clássicas que têm em comum o serem títulos incontornáveis de um certo desassossego e da contemplação, tão irónica quanto empenhada, da inquietude e drama humanos”, explica a mesma nota que se refere aos quatro livros, publicados até agora com peças de Luigi Pirandello, Samuel Beckett, Martin Crimp e Jean-Pierre Sarrazac. Cada livro inclui duas ou três peças, todas elas já produzidas e levadas a cena pelo Teatro d
Este grupo tem vindo a publicar, em edições gráficas cuidadas, algumas das peças que mais marcaram o seu percurso e que melhor testemunham a sua visão do espectáculo encenado.
“São traduções atentas de peças contemporâneas e clássicas que têm em comum o serem títulos incontornáveis de um certo desassossego e da contemplação, tão irónica quanto empenhada, da inquietude e drama humanos”, explica a mesma nota que se refere aos quatro livros, publicados até agora com peças de Luigi Pirandello, Samuel Beckett, Martin Crimp e Jean-Pierre Sarrazac. Cada livro inclui duas ou três peças, todas elas já produzidas e levadas a cena pelo Teatro d
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