O DJ Stereossauro vai actuar hoje, a partir de casa, nas Caldas da Rainha. O autor do álbum “Bairro da Ponte” assinalará o 25 de Abril on-line (através do Instagram) num concerto pontuado por temas seus e por canções de intervenção. À Gazeta das Caldas Tiago Norte sublinhou a importância de celebrar a Liberdade, mesmo entre as novas gerações neste concerto 25 Abril Jovem
Conhecido por Stereossauro, Tiago Norte é um dos nomes mais respeitados do scratch nacional. O artista é afável e é com naturalidade que conversa com a Gazeta sobre este evento que vai assinalar o 25 de Abril a partir de casa, na sua terra natal.
O “showcase” será emitido do estúdio do músico para todo o mundo, através do Instagram. A actuação tem lugar, hoje, 24 de Abril, pelas 22h00 e será um concerto inédito do DJ caldense, alusivo à música portuguesa de intervenção e à Revolução.
Segundo o artista, a actuação terá cerca de 40 minutos, contará com temas de Zeca Afonso às quais vai juntar áudios dos capitães de Abril. Tiago Norte contou que até já tinha feito alguns temas similares sobre a temática quando foi convidado pelo Folio, em Óbidos, em 2017 a criar músicas sobre “Revoluções, Revoltas e Rebeldias”, o tema do festival literário daquele ano.
Para o DJ, celebrar Abril “é algo muito importante para todos”, acrescentando que o é também para quem ainda não era nascido na época, como ele. Com 40 anos, sabe a importância que Abril teve para o país. E mesmo entre as gerações mais novas crê “que sabem que é uma data assinalável, mesmo que não conheçam bem toda a história”, acrescentou.
O DJ salientou que, antes da revolução dos cravos se vivia em ditadura, e que as pessoas ligadas às artes “não podiam ter a sua própria opinião, nem sequer a podiam expressar em voz alta”. Os que eram contra o regime eram, muitas vezes, perseguidos pela polícia política e relembrou que uma larga maioria da população vivia na pobreza, citando a célebre expressão “de que uma sardinha tinha que chegar para três”, tal como lhe contou quem viveu no Estado Novo.
Distante desses dias, Stereossauro está satisfeito de poder celebrar a revolução deste modo, sendo esta também uma oportunidade de dará a conhecer o seu o álbum “Bairro da Ponte”, lançado no ano passado e que lhe tem valido boas críticas a nível nacional e internacional. Além do mais, este seu trabalho conta com convidados especiais como Camané, NBC, Slow J, Papillon, Plutónio, Ana Moura e DJ Ride, Dino d’Santiago, Carlos do Carmo, Legendary Tigerman e Ricardo Gordo, Gisela João, Capicua, Ace, Rui Reininho, Nerve, Razat, Paulo de Carvalho, Holly e Sr. Preto.
Nas criações, o caldense trabalha excertos de sonoridades de Carlos Paredes e de Amália Rodrigues (que pertencem ao arquivo da Valentim de Carvalho), unindo-os as novas sonoridades, ao rap, ao hip hop e ao novo fado. Tiago Norte dedica-se, pois, à fusão destes mundos, ligados à tradição e contemporaneidade num disco, salientado pela crítica e que sucedeu a “Bombas em Bombos”, álbum de 2014.
O título deste trabalho de 2019 “Bairro da Ponte” refere-se não só ao bairro caldense onde cresceu até aos 16 anos, mas também atribui-lhe um significado mais lato. Primeiro porque nas cidades lusas se vive em bairros, “que são espaços identitários” e depois porque a Ponte “pretende unir margens e até ser um elo de ligação entre tendências rivais”.
O “showcase” será emitido do estúdio do músico para todo o mundo, através do Instagram. A actuação tem lugar, hoje, 24 de Abril, pelas 22h00 e será um concerto inédito do DJ caldense, alusivo à música portuguesa de intervenção e à Revolução.
Segundo o artista, a actuação terá cerca de 40 minutos, contará com temas de Zeca Afonso às quais vai juntar áudios dos capitães de Abril. Tiago Norte contou que até já tinha feito alguns temas similares sobre a temática quando foi convidado pelo Folio, em Óbidos, em 2017 a criar músicas sobre “Revoluções, Revoltas e Rebeldias”, o tema do festival literário daquele ano.
Para o DJ, celebrar Abril “é algo muito importante para todos”, acrescentando que o é também para quem ainda não era nascido na época, como ele. Com 40 anos, sabe a importância que Abril teve para o país. E mesmo entre as gerações mais novas crê “que sabem que é uma data assinalável, mesmo que não conheçam bem toda a história”, acrescentou.
O DJ salientou que, antes da revolução dos cravos se vivia em ditadura, e que as pessoas ligadas às artes “não podiam ter a sua própria opinião, nem sequer a podiam expressar em voz alta”. Os que eram contra o regime eram, muitas vezes, perseguidos pela polícia política e relembrou que uma larga maioria da população vivia na pobreza, citando a célebre expressão “de que uma sardinha tinha que chegar para três”, tal como lhe contou quem viveu no Estado Novo.
Distante desses dias, Stereossauro está satisfeito de poder celebrar a revolução deste modo, sendo esta também uma oportunidade de dará a conhecer o seu o álbum “Bairro da Ponte”, lançado no ano passado e que lhe tem valido boas críticas a nível nacional e internacional. Além do mais, este seu trabalho conta com convidados especiais como Camané, NBC, Slow J, Papillon, Plutónio, Ana Moura e DJ Ride, Dino d’Santiago, Carlos do Carmo, Legendary Tigerman e Ricardo Gordo, Gisela João, Capicua, Ace, Rui Reininho, Nerve, Razat, Paulo de Carvalho, Holly e Sr. Preto.
Nas criações, o caldense trabalha excertos de sonoridades de Carlos Paredes e de Amália Rodrigues (que pertencem ao arquivo da Valentim de Carvalho), unindo-os as novas sonoridades, ao rap, ao hip hop e ao novo fado. Tiago Norte dedica-se, pois, à fusão destes mundos, ligados à tradição e contemporaneidade num disco, salientado pela crítica e que sucedeu a “Bombas em Bombos”, álbum de 2014.
O título deste trabalho de 2019 “Bairro da Ponte” refere-se não só ao bairro caldense onde cresceu até aos 16 anos, mas também atribui-lhe um significado mais lato. Primeiro porque nas cidades lusas se vive em bairros, “que são espaços identitários” e depois porque a Ponte “pretende unir margens e até ser um elo de ligação entre tendências rivais”.
Vários caldenses em palco
Stereossauro, que se formou na ESAD, lamenta por agora não poder apresentar o seu “Bairro da Ponte” ao vivo, pois está repleto de vontade de regressar aos palcos, no pós-covid. Tentará sempre que possível contar com alguns dos convidados que participaram neste “Bairro da Ponte” em palco, apesar de reconhecer que não será fácil conjugar as agendas de tantos intérpretes. De qualquer forma, em palco, vão estar mais músicos caldenses.
Além de DJ Ride – com quem forma os Beat Bombers e já conquistaram dois campeonatos do mundo de scratch/turntablism – vão estar com a partilhar o palco com Stereossauro, o baterista Nuno Oliveira (que também integra os Memória de Peixe e os Bass O
Além de DJ Ride – com quem forma os Beat Bombers e já conquistaram dois campeonatos do mundo de scratch/turntablism – vão estar com a partilhar o palco com Stereossauro, o baterista Nuno Oliveira (que também integra os Memória de Peixe e os Bass O
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